#1 EDIÇÃO ESPECIAL PORTOS E NAVIOS 7 O setor empresarial portuário contribui com 2,5% da remuneração dos trabalhadores para custear treinamentos, similar ao que ocorre em outros setores da economia. Contudo, diferente de áreas como comércio e indústria, que contam com sistemas independentes de administração como o “Sistema S”, o setor portuário vê seus recursos sendo destinados ao Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional Marítimo (FDEPM), gerido pela Diretoria de Portos e Costas (DPC) da Marinha. “Na prática, o dinheiro não retorna em forma de treinamento. O governo federal utiliza esse montante para fazer superávit fiscal, destacando que isso tem sido praticado por todos os governos. Mais grave ainda em 2020, quando R$1,6 bilhão do fundo foi desviado para pagamento da dívida pública”, destacou Aquino. Ele completa: “Em 2020, o fundo acumulava R$ 1,66 bilhão. Após a retirada do governo, restaram apenas R$ 60 milhões. Hoje, o montante voltou a ultrapassar os R$ 600 milhões, mas segue sem ser investido de forma efetiva na qualificação dos trabalhadores”. O especialista ressalta que a Marinha não tem culpa por esse problema e que ela também sofre as consequências, pois não consegue treinar suficientemente os marítimos. “Trabalhadores não têm recebido treinamento adequado” Sérgio Aquino Cenário portuário atual exige profissionais cada vez mais capacitados
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