Asia Shipping registra 30% de crescimento na demanda pelo serviço de carga fracionada na importação

Com a falta de insumos e aumento dos preços dos fretes e das mercadorias, várias empresas passaram a utilizar o LCL como forma de se manterem competitivas

O comércio exterior vive, desde o ano passado, uma tempestade perfeita. Com a retomada econômica, após um longo período de pandemia que ainda não acabou, o valor do frete marítimo atingiu seu pico em função da demanda acirrada de mercadorias, falta de insumos e de espaços nos navios. O cenário contribuiu para o aumento generalizado dos custos, que levou várias empresas a optarem pelo serviço de carga fracionada, também conhecido como LCL (Less Container Load), utilizado quando o importador ou exportador não possui volume suficiente para preencher um contêiner. Assim, vários embarques são consolidados em um contêiner compartilhado, possibilitando custos menores do frete marítimo.

Segundo o diretor comercial da Asia Shipping, Rafael Dantas, o LCL tornou-se uma necessidade do mercado, especialmente para aqueles que estavam começando a importar. Só na Asia Shipping, a demanda pelo serviço de carga fracionada na importação cresceu 30% em 2021, se comparado ao ano anterior. Os setores que mais buscaram a modalidade foram automotivos, indústria e vestuário. Atualmente, a maior agente de cargas da América Latina presta o serviço de carga consolidada para os principais portos do Sul e do Sudeste do Brasil.

Enquanto o LCL se baseia no agrupamento de mercadorias, o FCL é o embarque em que o importador ou exportador utiliza todo o contêiner e paga um valor fixo pelo frete. Ou seja, a empresa tem mercadorias ou insumos suficientes para encher um ou mais contêineres. Para definir qual é a melhor opção, o cliente deve considerar o tamanho e o peso da carga, a fragilidade dos produtos e o tempo de transporte, já que o LCL exige um tempo adicional de manuseio para preencher completamente o contêiner compartilhado com outras empresas.