AEB: Acordo entre EUA e México deve prejudicar exportações brasileiras

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O acordo comercial preliminar entre Estados Unidos e México anunciado na segunda-feira (27) pelo presidente americano, Donald Trump, pode afetar negativamente as exportações brasileiras para o México. Provavelmente suspenderá, também, as negociações do acordo bilateral entre o Brasil e os mexicanos, segundo José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

O trato anunciado por Trump ainda será submetido ao Congresso dos EUA, mas a ideia é que ele substitua o Nafta, que, além de México e Estados Unidos, inclui o Canadá. O acordo anunciado ontem pelo presidente americano exclui os canadenses.


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Entre as medidas de maior impacto do acordo preliminar entre americanos e mexicanos, Castro destaca a elevação do conteúdo regional mínimo, de 62,5% para 75%, para a venda de automóveis sem tarifas. Isso, diz, deve afetar a exportação brasileira aos mexicanos e aos americanos de veículos, suas partes e peças. A proposta também estabelece que alguns insumos de aço e alumínio para a indústria automobilística deverão ser comprados de países da América do Norte.

Altos e baixos

De janeiro a julho, destaca ele, os embarques brasileiros aos mexicanos caíram 3,5% contra iguais meses do ano passado. A venda de motores para automóveis e suas partes, porém, cresceu 116%. Com a alta, esse item tornou-se, no acumulado até julho deste ano, o principal bem da pauta de exportação do Brasil aos mexicanos, somando US$ 311,9 milhões em embarques.

Em igual período do ano passado foram os automóveis acabados que lideraram a pauta, com US$ 310,9 milhões. A venda desses veículos, este ano, caiu 68%, para US$ 99 milhões. A exportação de partes e peças para veículos também recuou, mas em nível menor, de 6%, para US$ 95,8 milhões.

A participação do México nas exportações totais do Brasil, diz Castro, é relativamente baixa. De janeiro a julho, os embarques aos mexicanos somaram US$ 2,5 bilhões, quando o total das vendas brasileiras ao exterior chegou a US$ 136,5 bilhões.

O país, porém, é o décimo maior destino do Brasil atualmente e importante comprador de manufaturados, destaca ele, principalmente para a indústria automobilística, que poderia amenizar com os mexicanos parte da queda de embarques com a crise argentina. O setor, diz o presidente da AEB, vinha acompanhando com expectativa a negociação do acordo comercial Brasil-México.

Com a proposta anunciada ontem por Trump, avalia Castro, as negociações brasileiras com os mexicanos devem ficar suspensas até a definição do acordo EUA-México. “E o que for negociado entre Brasil e México poderá ser bem menos ambicioso do que se imaginava.

Fonte: Valor






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