AEB questiona políticas de comércio exterior

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O comércio exterior brasileiro está a reboque de outras políticas; ele não é protagonista. Ao contrário, é um mero coadjuvante”, disse o presidente da Associação do Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. Ele afirmou que o resultado de superavits comerciais da balança comercial decorre das commodities (produtos agrícolas e minerais comercializados no exterior) e não de produtos manufaturados. 

Segundo o presidente da AEB, as exportações de manufaturados que o Brasil apresenta nos últimos três anos são menores do que aquelas que o país teve em 2007. E a expectativa para 2018 é a mesma. 


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O executivo reiterou que o comércio exterior do País, hoje, carece de uma política específica e de uma integração entre todos os ministérios, mostrando a real importância desse segmento para a economia.

“Nós estamos estacionados no 25º lugar entre os maiores países exportadores e não saímos desse lugar. Quem é a sétima ou oitava economia mundial não pode se contentar com uma 25ª posição”, disse o presidente da AEB. Para ele, o comércio exterior é uma forma estratégica de se compensar mercados distintos em eventuais épocas de crise e, ao mesmo tempo, se inserir no mundo comercial, porque, hoje, o Brasil está fora das cadeias globais de valor. 

Custos

De acordo com o presidente da AEB, os exportadores não estão falando de taxa de câmbio, que é uma variável sobre a qual não se tem controle. Eles querem reduzir custos de modo a tornar o produto nacional competitivo. Essa redução de custos passa pelas reformas estruturais, trabalhista, previdenciária, tributária, investimento maciço em infraestrutura e redução das burocracias. “O Brasil é um país caro atualmente”.

Castro disse que a nova perspectiva em relação ao comércio exterior será exigida do futuro presidente da República, qualquer que seja ele. “Que ele passe a olhar o comércio exterior de uma forma diferenciada”, disse.

Em conversa com as equipes econômicas dos pré-candidatos à Presidência, Castro disse que a AEB percebeu que há boa intenção em relação ao comércio externo do Brasil, mas nada de concreto, por enquanto. “A gente quer que de fato seja uma iniciativa concreta e não apenas uma boa intenção”.

Castro avaliou que ainda está distante o dia em que o Brasil vai passar a exportar mais manufaturados, de maior valor agregado. O principal mercado do Brasil atualmente é a América do Sul, que compra 40% de tudo que o país exporta de manufaturados. Mas o potencial do continente é limitado, porque representa apenas 4% das importações mundiais. 

Fonte: A Tribuna

 






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