AEB vê queda nos preços de produtos exportados pelo Brasil em 2019; soja lidera embarques

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Os preços das principais commodities exportadas pelo Brasil deverão cair no próximo ano em relação a 2018, diante de expectativas de queda no ritmo de crescimento econômico global, aumento de taxa de juros dos EUA, além de questões relacionadas à guerra comercial sino-americana, previu nesta quinta-feira (13) a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

A maior queda em cotações, de mais de 17% na comparação anual, é projetada para o petróleo, que está em segundo no ranking dos principais produtos exportados pelo Brasil. A AEB estima um preço médio de US$ 350 por tonelada de óleo bruto.


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A soja, que deverá ser pelo quinto ano seguido o principal produto de exportação do Brasil, sofrerá uma queda de 5,5% no preço ante 2018, para US$ 375 por tonelada.

Já o minério de ferro, terceiro produto mais exportado pelo país, que tem na mineradora Vale a maior produtora global, foi precificado em US$ 48/tonelada (-5,9%), em média, segundo a previsão da AEB para 2019.

Soja, petróleo e minério deverão ser responsáveis por 30,1% das exportações totais projetadas para o Brasil em 2019 (ante 32,5% em 2018).

Ao todo, as exportações brasileiras no próximo ano foram estimadas em cerca de US$ 220 bilhões, queda de 7,3% ante 2018, segunda a AEB, em parte explicada pelo recuo nos preços das commodities.

"Todavia, eventual acirramento da guerra comercial entre Estados Unidos e China ou até mesmo qualquer outra crise em país desenvolvido pode acelerar a queda das cotações e quantidades das commodities, ampliando o impacto negativo sobre o comércio exterior brasileiro...", disse em nota o presidente da AEB, José Augusto de Castro.

Impacto dos juros

A AEB lembrou ainda que a eventual elevação das taxas de juros dos EUA aumenta os custos financeiros e reduz os níveis de comércio mundial. E citou também que o PIB da China tem mostrado lenta e contínua queda no ritmo de crescimento, enquanto a União Europeia apresenta problemas econômicos na Itália e políticos na Alemanha e Reino Unido.

A guerra comercial, ainda que seja vista como um fator negativo para a economia global e com impactos para o Brasil, favoreceu produtores e a indústria de soja brasileira em 2018, na medida em que os chineses aplicaram uma taxa de 25% à oleaginosa norte-americana, trazendo a demanda do maior importador global fortemente para o país sul-americano.

O Brasil nunca exportou tanta soja, com os volumes superando 80 milhões de toneladas. O faturamento apenas com a exportação do grão em 2018 foi estimado pela AEB em US$ 32,8 bilhões.

A oleaginosa é seguida pelo petróleo, com US$ 24,4 bilhões, e o minério de ferro, com US$ 19,9 bilhões previstos para 2018.

Para 2019, a AEB projeta queda no faturamento da exportação de soja de 17,8% ante 2018, para US$ 27 bilhões, com o Brasil exportando menores volumes --além dos preços mais baixos--, diante de expectativas de que a China volte ao mercado norte-americano.

Nesta semana, aliás, foram reportadas as primeiras compras chinesas do produto dos EUA em vários meses.

Para as exportações de petróleo, a queda no faturamento é de 14,1%, para US$ 21 bilhões, apesar de um aumento esperado de cerca de 10% na produção de petróleo da Petrobras em 2019.

No caso do minério de ferro, a projeção é de uma redução de 8,5%, para US$ 18,2 bilhões.

Fonte: G1






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