Alcoa desativa o restante da fundição na Alumar

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A americana Alcoa encerrou a fundição de alumínio em Alumar, em São Luís (MA). A companhia anunciou ontem que vai cortar o restante de capacidade produtiva na fábrica, que era de 74 mil toneladas. Essa é a terceira e última redução na linha, dividida em consórcio com as anglo-australianas Rio Tinto e BHP Billiton.

"Entendemos que essa decisão afeta profundamente nossos funcionários, fornecedores e as comunidades em que estão inseridos", informou José Drummond, presidente da unidade latino-americana do grupo. "Nossas equipes trabalharam para tornar a fundição competitiva e vamos consultar [as partes relacionadas] para minimizar o impacto dessa decisão."

Segundo comunicado, as condições mais desafiadoras do mercado de alumínio primário e a elevação dos custos tiraram a competitividade da Alumar. A refinaria de São Luís, por outro lado, seguirá com suas operações normalmente, acrescentou a companhia. O corte de capacidade provocará uma baixa no balanço de US$ 10 milhões a US$ 15 milhões.

A ação faz parte dos esforços globais da Alcoa de tentar se desfazer de linhas menos rentáveis de fundição. Em maio passado, a redução na Alumar foi de 85 mil toneladas e em outubro houve novo corte, de 12 mil toneladas. Com essa divulgação, a capacidade desativada ao redor do mundo chega a 740 mil toneladas. O corte de capacidade deve ser completado até 15 de abril, afirmou a empresa.

No Brasil, no ano passado, a demanda por produtos transformados de alumínio caiu 5,5%, de acordo com a Associação Brasileira do Alumínio (Abal). O volume total consumido atingiu 1,43 milhão de toneladas em 2014.

As quedas mais significativas foram observadas na procura por fundidos - recuo de 25,2%, para 172,7 mil toneladas - e por extrudados - baixa de 9%, para 334,5 mil toneladas. O consumo de chapas cresceu 3,1% e ficou em 597,8 mil toneladas, enquanto o de folhas subiu 1,2%, para 94,9 mil toneladas, mas não foram suficientes para compensar a deterioração dos outros segmentos.

Mesmo com a piora, a Abal acredita que o mercado de alumínio ficará no mínimo estável em 2015. A associação espera que o consumo doméstico de produtos transformados chegue a 1,433 milhão de toneladas neste ano - leve aumento de 0,3%. A demanda por extrudados e fios e cabos, porém, deve voltar a cair, projeta a entidade.

Fonte: Valor Econômico/Renato Rostás | De São Paulo






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