Alta dos grãos e pecuária puxam resultado do campo

Imprimir

Destaque na divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do país no primeiro trimestre de 2017, com um crescimento de 18,5%, a agropecuária deve ter contribuído positivamente para o resultado geral de janeiro a março, que será anunciado amanhã pelo IBGE.

Em que pese a redução da colheita de grãos no período, afirma Alexandre Mendonça de Barros, da MB Agro, os preços de culturas como soja e milho subiram e o "saldo" deverá garantir alta do PIB agrícola. E os resultados da pecuária corroboram a visão otimista.


PUBLICIDADE



Nos cálculos de Mendonça de Barros, a conjunção pode ter resultado em uma alta de até 3% no PIB da agropecuária do país, na comparação com o mesmo período em 2017. O que não deixa de ser alvissareiro, tendo em vista que a disparada do primeiro trimestre do ano passado só foi registrada porque a base de comparação era baixa - em 2016, o El Niño provocou forte queda da colheita de grãos no intervalo.

Segundo a Conab, nesta safra 2017/18 a colheita de verão, concentrada no primeiro trimestre, renderá 163,6 milhões de toneladas, 0,8% a menos que em 2016/17. Mas as cotações de soja e milho, que puxam a produção, registraram valorizações de dois dígitos por causa da quebra da safra argentina, e isso é levado em consideração nos cálculos, embora o IBGE não deixe claro o peso das oscilações de preços na equação.

As demais culturas agrícolas com peso no PIB agropecuário, casos de cana, laranja e café, são perenes e com colheitas que começam a ganhar força apenas no segundo semestre. Algum reflexo poderá aparecer nos resultados que serão anunciados amanhã - havia notícias de processamento desses produtos em março -, mas tende a ser marginal.

Como lembra Mendonça de Barros, na pecuária, que representa cerca 35% do PIB do setor, houve aumento da produção na maior parte das principais cadeias produtivas no primeiro trimestre, e uma variação positiva nessa frente pode ser dada como certa.

Segundo dados do IBGE, cresceram em relação ao mesmo período do ano passado os abates de bovinos (1,4%, para 7,5 bilhões de cabeças) e os de suínos (0,5%, para 10,5 milhões de cabeças, além da aquisição de leite (4,1%, para 6,1 bilhões de litros), aquisição de couro (1,4%, para 8,5 milhões de peças) e da produção de ovos de galinha (5,2%, para 831,3 milhões de dúzias).

A exceção foram os abates de frangos. De acordo com o IBGE, houve queda de 2% na mesma comparação, para cerca de 1,5 bilhão de cabeças.

Fonte: Valor






   ICN
   Zmax Group
   Antaq
       

NN Logística

 

 

 

  Sinaval
  Syndarma
       
       

ECOBRASIL 2025 - RIO DE JANEIRO - RJ - INSCRIÇÕES ABERTAS - CLIQUE AQUI