Anglo deixa de produzir 550 mil toneladas

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A produção diária no complexo de Conceição do Mato Dentro chega a um valor referência médio de 55 mil toneladas/Divulgação

Além dos danos ambientais e sociais provocados pelo rompimento do mineroduto do Sistema Minas-Rio, da Anglo American, no último dia 12, em Santo Antônio do Grama, na Zona da Mata, a companhia deve apurar perdas financeiras, em função da paralisação da produção no complexo de Conceição do Mato Dentro, no Médio Espinhaço, desde o acidente, sem que tenha previsões de retomar as operações. Com estoques limitados no seu terminal portuário no Rio de Janeiro, a mineradora está negociando a reprogramação de embarques de minério de ferro com clientes, para cumprir os compromissos, mas já deixou de produzir cerca de 550 mil toneladas da commodity.


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Para ganhar tempo, a companhia aproveitou a paralisação da produção da planta de Conceição do Mato Dentro e antecipou paradas de manutenção programadas para a unidade ao longo deste ano. Tomando como base a produção da companhia em 2017 (17 milhões de toneladas de minério de ferro), a produção diária chega a um valor referência médio de 55 mil toneladas do insumo. Multiplicados pelos 10 dias em que o complexo está parado, incluindo o dia do acidente e hoje, se chega às cerca de 550 mil toneladas deixadas de ser produzidas até agora.

“Estamos aproveitando a paralisação para executar algumas manutenções que já estavam programadas para este ano. Devemos recuperar este tempo, na medida em que antecipamos essas manutenções”, explicou o diretor de Assuntos Corporativos da Anglo American, Ivan Simões, que não fez projeções de retomada das atividades e nem revelou o valor gasto com todas as ações tomadas pela mineradora desde o acidente.

Sistema Minas-Rio registrou rompimento em mineroduto, com danos ambientais, socias e econômicos não calculados

Segundo o diretor, a prioridade da companhia no momento, uma vez que o vazamento de polpa do duto foi estancado logo no dia do acidente e o abastecimento de água em Santo Antônio do Grama também já foi normalizado, é de limpar a calha do córrego Santo Antônio e restabelecer a segurança de toda a estrutura do mineroduto. Somente depois de cumprir essas metas a companhia deve retomar as operações, porém, “são frentes de trabalho independentes”, como destacou Simões.

“Para retomar a produção é fundamental ter a garantia da segurança do mineroduto. Estamos fazendo várias análises e reparos. Até agora, tudo que foi inspecionado mostrou integridade. O trabalho de limpeza do córrego acontece em paralelo. São dois processos diferentes e independentes”, disse o diretor.

Estoques – A Anglo American tem estoques de minério de ferro no seu terminal portuário no litoral fluminense e está mantendo suas exportações. Contudo, como o volume não é suficiente para sustentar os embarques da commodity para seus clientes por um longo prazo, a mineradora já está negociado a reprogramação das remessas.

“As exportações continuam acontecendo, mas estamos negociando com clientes para reprogramar alguns embarques. Temos estoques de minério no porto, mas o tempo que eles podem sustentar as remessas vai depender dessa reprogramação. Estamos lidando com isso de forma que poderemos manter os compromissos por meio da reprogramação”, pontuou o diretor.

Fonte: Diário do Comércio






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