ANP reduz obrigação de encomendas no Brasil para contratos da Petrobras, Exxon e Chariot

Imprimir

A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) reduziu os compromissos de compra de bens e serviços no país do contrato de Libra, a maior descoberta de petróleo do país. Com isso, a Petrobras e seus sócios poderão contratar plataformas no exterior sem o risco de multas.

É o primeiro grande contrato nacional que consegue aprovar a flexibilização do conteúdo nacional previsto em contrato. De acordo com o MME (Ministério de Minas e Energia), a medida destrava US$ 16 bilhões em investimentos na instalação de três plataformas de produção de petróleo.


PUBLICIDADE



A flexibilização dos contratos é defendida pelo governo Temer como um esforço para tentar destravar investimentos. Envolve contratos assinados entre 2005 e 2015 que, segundo as empresas, têm percentuais mínimos incompatíveis com a capacidade de produção da indústria nacional.

A Arábia Saudita (foto), líder da Opep, deu sinais de que pretende aliviar a escassez. Porém, ainda teme que a liberação de mais petróleo cause uma queda nos preços. O país também se prepara para abrir o capital da estatal petroleira Saudi Aramco  O fato mais recente que tem influenciado a cotação do barril de petróleo foi a decisão de Donald Trump (ao fundo na foto) de deixar as negociações com o Irã  

E o valor do barril deve continuar subindo internacionalmente. De acordo com o especialista em petróleo Mikkal Herberg, odo petróleo deve chegar a US$ 85 até o fim do ano. Há quem preveja uma subida a US$100 Markus Schreiber/Associated Press

A medida, porém, é questionada por fabricantes e estaleiros brasileiros, para quem os novos indicadores praticamente eliminam a necessidade de contratação de fornecedores nacionais.

Na sexta (17), a ANP informou que já recebeu 256 pedidos de alteração em contratos antigos, que compreendem 322 blocos exploratórios. Nesta segunda (20), anunciou a revisão de dois contratos operados pela americana ExxonMobil e quatro pela britânica Chariot, além de Libra. 

Em julho, a agência já havia revisto contratos da Eneva, que opera campos de gás no Maranhão. Há pedidos de revisão também da anglo-holandesa Shell, da norueguesa Equinor (antiga Statoil), da francesa Total e da russa Rosneft, entre outras.

O contrato de Libra já havia sido alvo de disputa entre o consórcio liderado pela Petrobras e a indústria naval brasileira, que entrou na Justiça para impedir a contratação no exterior da primeira plataforma do projeto, mas acabou sendo derrotada.

A unidade está sendo construída Singapura. A Petrobras alegou, na época, que a fabricação com os percentuais exigidos em contrato aumentaria em 40% o custo da unidade.

Maior descoberta de petróleo do país, com até 12 bilhões de barris, Libra foi a primeira área vendida sob o regime de partilha da produção, no qual o governo tem participação no consórcio, em 2010. As sócias da Petrobras no consórcio são a Total, a Shell e as chinesas CNOOC e CNPC.

Segundo os novos termos do contrato, terão que gastar no Brasil um mínimo de 18% dos gastos com exploração, 25% na construção de poços e 40% para sistemas submarinos e plataformas. No contrato antigo, o percentual mínimo para plataformas, por exemplo, era de 55%.

As petroleiras argumentam que a proposta de redução dos compromissos de compras no país foi fundamental para atrair competição nos últimos leilões de petróleo realizados pelo governo.

Fonte: Folha SP






   ICN
   Zmax Group
   Antaq
       

NN Logística

 

 

 

  Sinaval
  Syndarma
       
       

ECOBRASIL 2025 - RIO DE JANEIRO - RJ - INSCRIÇÕES ABERTAS - CLIQUE AQUI