ANP sugere usar royalties para amortecer alta do petróleo no preço dos combustíveis

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O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Décio Oddone, classificou como alarmista a preocupação das distribuidoras, de que possa haver uma corrida aos postos no fim deste ano, quando acaba o subsídio ao diesel. Com o preço do petróleo no mercado internacional superando os US$ 80 por barril, o diretor sugere que custo alto da matéria-prima pode ser neutralizado, para reduzir o peso no bolso do consumidor dos preços de combustíveis, através do uso dos royalties e participações especiais.

— A ANP sugeriu usar os royalties e participações governamentais como colchão para neutralizar o aumento do preço do petróleo. Isso está em discussão e já foi enviada ao Ministério da Fazenda — destacou Oddone.


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Nesta quinta-feira, durante o Rio Oil &Gas, os presidentes da BR e da Raizen mostraram preocupação quanto ao fim ou não do programa de subvenção ao combustível vendido no Brasil, alegando que poderia haver uma corrida aos postos.

— É uma preocupação alarmista. A nossa recomendação é de longo prazo, liberando os preços para que haja competição de mercado. É preciso criar transparência nos preços. O subsídio ao diesel não deveria nem ter começado. A intervenção nos preços ocorre desde os anos 1980 e vemos que isso não deu certo — disse Oddone, antes do início da 5ª Rodada de leilão de petróleo do pré-sal, que ocorre na manhã desta sexta-feira no Rio de Janeiro.

A alta do petróleo tem pressionado o preço da gasolina, que este ano já subiu 9,43% nas bombas, segundo dados do IBGE. Essa alta é mais que o triplo da inflação média do período: até agosto, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, do IBGE, registrou variação de 9,43%.

No mercado internacional, as cotações do petróleo estão subindo nesta sexta-feira e podem terminar este mês com a quinta alta trimestral seguida - o maior rali de preços desde 2008. O barril do tipo brent para novembro é negociado a US$ 82,11 na Bolsa de Londres.

A alta do petróleo é provocada por temores de uma restrição de oferta pelo Irã, devido às sanções americanas, e de um colapso na indústria petrolífera da Venezuela. Essas preocupações se acentuaram desde a semana passada, quando outros grandes produtores, como Arábia Saudita e Rússia, sinalizaram que não vão ampliar sua produção para compensar a queda na oferta de petróleo do Irã e da Venezuela.

Fonte: O Globo

 






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