Apesar de caixa elevado, Vale quer investir menos de US$ 1 bi por trimestre

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Mesmo com mais dinheiro em caixa, a Vale quer investir menos de US$ 1 bilhão por trimestre. Nos três primeiros meses de 2018, os investimentos somaram US$ 890 milhões, o mais baixo patamar para um primeiro trimestre desde 2005. Segundo o presidente da companhia, Fabio Schvartsman, além de reduzir a dívida, o elevado volume de caixa será usado para distribuir dividendos mais gordos e, eventualmente, recomprar ações.

— Uma solução para excesso de caixa é pagar dividendos maiores e recomprar ações. Excesso de caixa gera comportamento inadequado. Isso não acontecerá na Vale. Onde vamos gastar? Não se trata disso. Não me preocupo com a estratégia de futuro de crescimento ou em segurar caixa para essa finalidade – disse Schvartsman em teleconferência com analistas na manhã desta quinta-feira, quando perguntado em que momento a Vale vai investir com mais força novamente.


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Vale deve atingir meta de redução do endividamento em meados do ano

A previsão de investimento para 2018 é de US$ 3,8 bilhões, repetindo o executado no ano passado. A Vale vem concluindo seus grandes projetos, como a expansão do complexo de Carajás (o S11D), no Pará, e vendendo ativos para reduzir seu nível de endividamento. Isso contribuiu para que a posição de caixa da companhia no fim de março alcançasse US$ 5,4 bilhões.

De acordo com o diretor financeiro, Luciano Siani, a empresa está aproveitando o caixa elevado para quitar dívidas de curto prazo e renegociar outros débitos a custo menor. Com isso, o prazo médio da dívida da empresa acabou sendo alargado, para 9,3 anos. No fim de 2017, era de 8,9 anos e ao fim de março de 2017 era de 7,9 anos.

— Em 2015 e 2016 (quando os preços das commodities estavam baixos), estendemos prazo de pagamento para preservar caixa. Agora, estamos encurtando o pagamento para obter descontos – disse Siani.

A empresa também mudou sua política de dividendos, que consiste, agora, em dois pagamentos semestrais: o primeiro em setembro do ano corrente e a segunda em março do ano subsequente. Para cada semestre, os dividendos vão corresponder a 30% do valor da geração de caixa. A mudança entrará em vigor a partir dos resultados do primeiro semestre de 2018.

Se estivesse em vigor no ano passado, a Vale teria distribuído mais de US$ 3 bilhões aos acionistas referentes ao resultado de 2017. Mas anunciou pagamento de US$ 1,4 bilhão.

PARCERIAS PARA OPERAÇÕES DE NÍQUEL

Schvartsman também disse que tem prazo para chegar a uma possível parceria para as operações de níquel na Nova Caledônia, a VNC. A unidade dá prejuízo para a Vale, sem perspectivas de voltar ao azul no curto prazo devido aos baixos preços do níquel no mercado internacional.

A Vale chegou a receber propostas, mas circula no mercado que as ofertas não teriam agradado a mineradora. Segundo o executivo, enquanto negocia com interessados, a unidade vem apresentando melhora e novos estudos mostram uma necessidade de investimento de US$ 400 milhões em uma barragem da empresa, abaixo dos US$ 500 milhões previstos no fim do ano passado.

— O prazo para chegar a uma parceria é o fim deste ano. Ajuda o fato que a VNC está gerando caixa líquido de investimentos. Isso se deve à melhoria da operação e dos preços. Mas o preço do níquel continua volátil. A revolução do carro elétrico é algo para o futuro – disse.

A aposta da Vale é que os carros elétricos possam elevar a demanda por níquel no futuro. O produto é usado nas baterias desses veículos.

O diretor-executivo de metais básicos da Vale, Edurado Bartolomeo, que assumiu a área no fim do ano passado, afirmou que o atual nível de preços, entre US$ 13 mil e US$ 15 mil por tonelada de níquel não pode ser considerado um preço de equilíbrio.

Fonte: O Globo






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