A Arábia Saudita, que recentemente prometeu aumentar a oferta de petróleo para controlar a recuperação dos preços, cortou a produção no mês passado, segundo delegados da OPEP familiarizados com o assunto.

O maior membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo bombeou 10,3 milhões de barris por dia em julho, segundo os delegados, que pediram para não serem identificados porque os dados são privados. O país disse ao cartel que produziu 10,489 milhões em junho.

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A redução ocorre apesar das promessas do ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, de que os principais membros da Opep e seus aliados acrescentariam cerca de 1 milhão de barris no fornecimento, fazendo “o que for necessário para manter o mercado equilibrado.” Sob pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, para tranquilizar os mercados, o reino teria se preparado para bombear 10,8 milhões ou 11 milhões de barris por dia.

O volume menor sinaliza que os sauditas não conseguiram encontrar compradores para justificar o bombeamento em níveis recordes de produção. Os futuros do petróleo bruto americano perderam mais de 7% em julho, a maior queda em dois anos, em meio a sinais de que um excedente está ressurgindo em algumas partes do mercado mundial.

Há temores crescentes de que a guerra comercial entre os EUA e a China possa prejudicar a demanda.

 

Fonte: O Globo