Barril de petróleo Brent supera US$ 80 pela 1ª vez desde 2014

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O barril de petróleo do tipo Brent superou nesta quinta-feira (17) a barreira de 80 dólares, uma cotação que não registrava desde novembro de 2014, em um mercado tenso pela incerteza a respeito da produção do Irã e da Venezuela.

O preço do barril alcançou US$ 80,18 por volta das 6h50 de Brasília, uma alta de 90 centavos na comparação com o fechamento de quarta-feira, antes de voltar a ser negociado abaixo de US$ 80.


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Nos EUA, o barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em junho era negociado, às 7h15 de Brasília, a US$ 72,07, uma alta de 58 centavos na comparação com a véspera.

Alta de 51% em 1 ano

O petróleo subiu 51% no último ano, impulsionado por cortes coordenados na produção e, neste mês, pela preocupação com a oferta do Irão, depois dos Estados Unidos dizerem que voltarão a impor sanções sobre Teerão por causa das suas atividades nucleares.

A francesa Total alertou na quarta-feira que poderia abandonar um projeto multibilionário de gás no Irã se não conseguisse garantir uma suspensão das sanções dos EUA, lançando mais dúvidas sobre os esforços liderados pela Europa para salvar o acordo nuclear.

"O barulho geopolítico e os temores crescentes estão aqui para ficar", disse Norbert Rücker, chefe da Macro & Commodity Research do banco suíço Julius Baer.

Além disso, os estoques globais de petróleo e produtos refinados caíram acentuadamente nos últimos meses devido à demanda robusta e aos cortes de produção dos principais países produtores do mundo.

Para a Agência Internacional de Energia (IEA), a procura global por petróleo deverá moderar neste ano, já que o preço do barril se aproximou dos US$ 80 e muitos países importadores não oferecem mais subsídios generosos aos combustíveis.

A IEA, com sede em Paris, reduziu a sua previsão de crescimento da procura global para 1,4 milhões de barris por dia em 2018, ante uma estimativa anterior de 1,5 milhões de bpd.

Efeitos para o Brasil

A alta dos preços internacionais do petróleo tem impactado os preços dos combustíveis no Brasil, que vêm registrando preços recordes nas últimas semanas.

A Petrobras anunciou um novo reajuste nos preços comercializados nas refinarias. Segundo a empresa, o preço do diesel A passará de R$ 2,3082 nesta quinta-feira (17) para R$ 2,3302 nesta sexta-feira (18) - o que significa uma alta de 0,95%. Já o preço da gasolina A nas refinarias passará de R$ 2,0046 para R$ 2,0407 o litro, no mesmo período, o que representa um aumento de 1,80%. O preço do diesel será elevado em 0,95%.

Na véspera, a companhia já tinha elevado em 1,82% o preço da gasolina, e subiu 1,76% o preço do diesel, para novas máximas dentro da era de reajustes diários, iniciada em julho do ano passado. Desde o início da nova política de preços, o preço da gasolina comercializado nas refinarias acumula alta de 55,28% e o do diesel, valorização de 56,55%, segundo o Valor Online.

Na semana passada, o preço médio da gasolina nos postos do país atingiu novas máximas no ano, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Por outro lado, a escalada do preço do petróleo contribui para o aumento da arrecadação da União e governos estaduais e municipais com royalties e participações especiais recolhidos sobre a produção de óleo e gás no Brasil.

A arrecadação com royalties cresceu 23,3% nos 4 primeiros meses de 2018, na comparação com o mesmno período do ano passado, segundo dados do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE). União, estados e municípios receberam este ano R$ 6,4 bilhões ante R$ 5,19 bilhões nos 4 primeiros meses de 2017.

Já arrecadação com participações especiais somaram outros R$ 6,5 bilhões nos três primeiros meses deste ano, contra R$ 5,4 bilhões no 4º trimestre de 2017.

Fonte: G1






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