CEO da Petrobras diz que conta com retorno de Ferreira para Conselho

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SÃO PAULO - O presidente-executivo da Petrobras, Aldemir Bendine, disse ontem, segunda-feira, que espera que Murilo Ferreira retorne para a presidência do Conselho de Administração da companhia, tentando afastar especulações sobre a saída do conselheiro.

A licença de Ferreira foi anunciada na segunda-feira passada pela Petrobras, que não deu mais detalhes sobre os motivos naquela oportunidade.

"A gente conta com o retorno dele o mais breve possível", disse Bendine a jornalistas, ao ser questionado sobre o assunto.

"Ele não saiu, quero deixar isso bem claro, só tirou uma licença por motivos pessoais, inclusive de saúde", declarou o executivo da Petrobras, sem dar mais detalhes.

A declaração de Bendine foi feita em meio a preocupações de que Ferreira pode não retornar ao colegiado após sua licença terminar em 30 de novembro.

Ferreira, que também ocupa o posto de presidente-executivo da mineradora Vale, tem discordado da forma como estão sendo conduzidas algumas questões na petroleira.

Uma fonte próxima da situação disse nesta segunda-feira à Reuters que a volta de Ferreira dependeria de uma mudança de postura da Diretoria Executiva sobre como conduzir a companhia em um momento de crise, com preços baixos do petróleo e um dólar forte que afeta a dívida da estatal em moeda estrangeira.

Além disso, o Conselho tem pressionado a Diretoria a tratar alguns assuntos com maior transparência.

Em agosto, a Reuters noticiou que o colegiado pressionava a diretoria a apresentar os critérios da metodologia para a definição dos preços dos combustíveis no mercado interno, uma questão fundamental para a garantia da prometida paridade com as cotações internacionais.

PARTILHA

Bendine conversou com jornalistas após participar de reunião com líderes da base governista na Câmara.

O tema da conversa foi o projeto do líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), que propõe que o regime de concessão passe a ser adotado na exploração do pré-sal, em substituição ao modelo de partilha, que dá maior participação ao Estado no processo.

"Acho que o momento talvez não seja oportuno para a gente abrir esse tipo de discussão, dado esse cenário que a gente está vivenciando hoje em relação ao mundo do petróleo", disse Bendine.

O presidente da companhia lembrou que o cenário atual, de preço baixo do óleo e dólar valorizado, "tem um aspecto muito desfavorável".

"Mas é um momento em que temos de ter cautela, até porque entendemos que há um processo de recuperação em breve e cabe à companhia então fazer uma boa gestão de custo e de sua operação para fazer esse momento de travessia."

Sobre o projeto de Mendonça Filho, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse que "não é esse o debate no momento" e que a base governista vai trabalhar para que não seja votada a urgência para a tramitação da proposta.

(Fonte: Reuters/Leonardo Goy; com reportagem adicional de Marta Nogueira, no Rio de Janeiro)






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