A Compahia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) emitiu, nesta sexta-feira (4), multas contra dois terminais do Porto de Santos, após flagrantes de poluição durante as operações portuárias. Rumo e Copersucar, que ficam em Outeirinhos, foram vistoriadas pelo secretário estadual do Meio Ambiente, Ricardo Salles, na última quarta-feira. Técnicos da agência ambiental também participaram das vistorias. Na ocasião, foram constatadas irregularidades nas esteiras que transportam os grãos e nas instalações dos dois terminais.
De acordo com a Cetesb, a multa para a Rumo foi de R$ 1 milhão, pela poluição causada pelas emissões de material particulado para a atmosfera. Isso aconteceu através das portas de duas unidades do terminal, durante a descarga de açúcar, e de uma outra unidade, por ocasião da descarga de milho.
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Neste caso, os sistemas de controle de poluentes estavam fora de operação e também foi constatado material particulado emitido por telhados laterais de um armazém, durante a estocagem de milho.
A Cetesb ainda fez várias exigências para evitar que o problema continue. Em nota, a Rumo informou que vai avaliar a multa aplicada e apresentar sua defesa. O terminal reforça que, desde 2013, foram investidos mais de R$ 150 milhões em projetos que visam evitar problemas ambientais. “Há também ações constantes de limpeza por meio de caminhões-varredeiras, a fim de eliminar possíveis derramamentos de produtos”.
Copersucar
Já a multa aplicada para a Copersucar foi de R$ 600 mil, por conta das emissões de material particulado e quedas de palhas de milho pela correia transportadora do equipamento carregador de embarcações.
Na vistoria dos órgãos ambientais, também foi constatada a emissão de poluentes durante o carregamento do navio SBI Conga, com grãos de milho, o que pode causar danos à saúde humana.
Nesta empresa, a Cetesb ainda exigiu medidas que evitem o problema. A Copersucar foi procurada pela Reportagem e confirmou o recebimento da penalidade.
Os dois terminais permanecem em operação e não chegaram a ser interditados pela agência ambiental.
Fonte: A Tribuna