China é inimigo número um das siderúrgicas da AL

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A China é inimigo público número 1 das siderúrgicas latino-americanas. O país comunista é apontado pelos líderes do setor na região como o principal responsável pela situação difícil por qual passa a indústria do aço e toda a cadeia de valor metal-mecânica.

No encerramento do 57º Congresso Latino-Americano do Aço (Alacero), ontem, no Rio de Janeiro, foi divulgada uma Carta endereçada à XXV Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo, que acontece amanhã e sábado, em Cartagena, na Colômbia.


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Na Carta, as associações do setor adotam tom dramático. “Nos une uma preocupação central que é a perda de empregos, o seu impacto nas nossas comunidades, fechamento de empresas, desestímulo aos investimentos, perdas financeiras e destruição da nossa cadeia de valor metal-mecânica”, diz o texto.

Segundo o documento, toda a problemática decorre da atuação da China, que seria responsável por 50% da produção mundial. O presidente da Alacero, Jefferson de Paula, disse ao O POVO que as empresas chinesas, por serem estatais, não visam o lucro. “A única preocupação é gerar emprego e recolher impostos para as províncias”.

A descrição feita pela Carta acrescenta uma capacidade produtiva bem superior à demanda interna, perdas financeiras crescentes e conduta comercial desleal, não ajustada às regras internacionais de comércio. “Em síntese, a China exporta desemprego”.

Na Carta, advertem ser esta “uma realidade reconhecida a nível (sic) mundial, como reforça a Declaração de líderes do G20”. No início de setembro, manifestou que os subsídios e a intervenção direta dos governos causam distorções no mercado, contribuindo a uma sobrecapacidade que causa efeitos negativos no comércio e no que é mais grave: nos trabalhadores. A Declaração fora subscrita por vários países latino-americanos (inclusive o Brasil) e por Espanha e Portugal.

A Carta nasceu de reunião entre gigantes do setor, como ArcellorMittal, CSN, Gerdau e Ternium.

O que pede a carta

Garantir isonomia competitiva frente à China;

Reforçar os instrumentos de defesa comercial para adequá-los às novas realidades comerciais;

Estratégia comum frente ao desafio da China;

Garantir operação aduaneira eficiente e efetiva;

Aplicar a diplomacia comercial para obter da China os custos reais de produção e reduza a capacidade de produção;

Defender as empresas sobretudo pequenas e médias;

Deter o déficit da indústria metal-mecânica, a afetar cerca de quatro milhões de trabalhadores.

Saiba mais

Segundo a Alacero, a China enviou no ano passado para a América Latina 9,4 milhões de toneladas de aço.

Teria sido o volume mais alto da história.

A região tem 56 ações antidumping vigentes. Destas, 36 são contra a China. Onze estão em processo. Destas, oito tem como alvo o país.

Há hoje no mundo sobreoferta de 700 milhões de toneladas de aço. Do total, 400 milhões é aço chinês.

Fonte: O Povo (CE)/Jocélio Leal/ENVIADO AO RIO DE JANEIRO






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