Consumo de aço reage e tem alta de 9,6%

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A siderurgia nacional continuou em recuperação no mês passado, registrando forte crescimento da demanda no terceiro trimestre como um todo. O Instituto Aço Brasil revelou ontem que o consumo aparente de produtos siderúrgicos, índice que reúne as vendas internas e as importações, subiu 4,7% em março, ante igual período de 2017, para 1,8 milhão de toneladas. No trimestre, a alta foi de 9,6%, para 5 milhões de toneladas.

As vendas internas das usinas siderúrgicas chegaram a 1,58 milhão de toneladas durante março, 6,7% a mais em comparação anual. De janeiro a março, o volume atingiu 4,41 milhões de toneladas, 11,4% a mais. Já as importações recuaram 20,2% no mês, para 213 mil toneladas, e caíram 7,7% no trimestre, para 588 mil toneladas. Ou seja, o setor recuperou mercado interno.


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O Aço Brasil também informou que as exportações foram 13,9% menores durante março, ficando em 1,19 milhão de toneladas. Nos três primeiros meses, houve redução de 6,4%, para 3,58 milhões de toneladas. A queda principal foi em semiacabados, principal produto enviado aos Estados Unidos, que impuseram tarifa ao aço importado de 25%.

O desempenho fez a entidade rever as projeções de 2018 para cima. No caso do consumo aparente, em que se previa alta de 4,9%, a projeção é de crescimento de 6,9%, chegando a 20,5 milhões de toneladas. A última vez que o Brasil demandou esse volume foi em 2015. Nas vendas internas, a projeção passa de 4,1% para alta de 6,6%, indo a 18 milhões de toneladas. A importação deve ser menor: desacelerando de 11,4% para 10,1%, com 2,56 milhões de toneladas.

Mas se o mercado mostra uma recuperação mais substancial, as empresas estão se acotovelando para ficar com esse crescimento. Segundo Carlos Loureiro, presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) - que também divulgou os números de março ontem -, a concorrência está altamente acirrada no setor. Várias usinas praticam descontos em lotes vendidos para conquistar "market share".

Por isso, apesar de haver espaço para reajustes de preço, as empresas ainda não o fizeram, diz Loureiro. A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) disse há um mês que em junho haveria espaço para reajuste de 7,5%. Na semana passada, a Usiminas afirmou que poderia praticar aumento na faixa de 5%. "Estranho sinalizarem um aumento para tão longe assim", comentou o presidente do Inda.

A distribuição vendeu bem menos do que esperava em março, o que Loureiro atribuiu ao fato de a "semana santa" ter caído no mês durante 2018, contra abril no ano passado. As vendas de aços planos pela rede associada ao Inda ficaram em 262,9 mil toneladas no mês, alta de 3,4% na comparação anual e de 1,2% ante fevereiro. A estimativa era que as vendas subissem 9%. Para abril, a entidade prevê queda de aproximadamente 10% frente a março.

Já para Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executivo do Aço Brasil, o resultado no trimestre mostra que a construção civil, em crise há quase quatro anos, começa a dar um respiro. Mesmo assim, reclama que a ociosidade do parque segue alta demais - média de 68,7% no primeiro trimestre. Alexandre Lyra, presidente do conselho da entidade, comentou que o ideal seria voltar a uma utilização histórica, entre 80% e 85%.

As negociações nos EUA para abrir uma exceção ao Brasil na seção 232 ainda continuam, informaram. A expectativa é que haja uma cota de produtos, com um limite de volume a ser exportado para o mercado americano. O prazo limite da definição é 30 de abril.

Fonte: Estadão






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