Economistas projetam demissões na indústria

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Depois de dois meses de recontratações, a indústria voltou a demitir em outubro, pressionando o saldo negativo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Conforme a média de estimativas colhidas entre 14 consultorias e instituições financeiras pelo Valor Data, o setor formal cortou 91,7 mil vagas no período - resultado ainda melhor do que o verificado em agosto de 2015, perda de 169,1 mil postos.

As projeções para o dado que será divulgado hoje pelo Ministério do Trabalho variam de -71,4 mil a -113,8 mil. Para o número fechado do ano, a média de oito estimativas indica fechamento de 1,32 milhão de postos com carteira assinada no país, nível ainda próximo do observado em 2015, 1,6 milhão.


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A perspectiva negativa para a indústria é alimentada pela própria sazonalidade negativa dos meses de outubro, quando o setor começa a dispensar os temporários que contratou no terceiro trimestre para reforçar a produção para o fim do ano.

A expectativa é reforçada pelo indicador coincidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), afirma Bruno Ottonim economista do Ibre-FGV. O indicador mostrou redução de 6,5 mil vagas na passagem de setembro para outubro no Estado. "O número da Fiesp ainda cai fortemente [em outubro]. A indústria deve deixar de contribuir positivamente", pondera ele, que espera fechamento total de 85 mil vagas.

O economista da LCA Consultores Fabio Romão estima 6,3 mil cortes no setor, ritmo menos intenso do que em outubro do ano passado, quando a indústria registrou 51,3 mil demissões líquidas. Os serviços também desacelerariam o ritmo de perdas, com 15,2 mil cortes, ante 46,8 mil em outubro de 2015.

Ainda nas contas da LCA, o comércio registraria 11 mil contratações líquidas, depois de demitir 4,3 mil no mesmo mês do ano passado, e a construção civil seguiria ainda bastante negativa, com 37 mil cortes, depois dos 49,8 mil de outubro de 2015. A projeção da consultoria para o dado de outubro está entre as mais otimistas, -71,4 mil.

A equipe do Bradesco, que projeta saldo líquido negativo de 100 mil vagas com carteira assinada para o Caged, avalia que a indústria, apesar do resultado negativo em outubro depois de dois meses de admissões, continuará reduzindo a magnitude das demissões nos próximos meses, já que foi um dos primeiros setores a iniciar o ajuste de emprego no ano passado.

Fonte: Valor






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