Os Estados Unidos entraram nesta segunda-feira, 16, na Organização Mundial de Comércio (OMC) com queixas separadas contra China, União Europeia, Canadá, México e Turquia. O país questiona as tarifas impostas em retaliação à decisão do governo do presidente Donald Trump de impor tarifas à importação de aço e alumínio.
Nas contas de Trump, o total de barreiras contra produtos chineses pode chegar a US$ 550 bilhões Foto: Jonathan Ernst/Reuters
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O argumento usado pelos americanos para essas tarifas foi a proteção dos interesses à segurança nacional. O Escritório do Representante de Comércio dos EUA argumenta que as tarifas dos EUA ao aço e ao alumínio são "justificadas no âmbito dos acordos internacionais", porém as retaliações "são completamente sem justificativa" sob essas regras.
O representante de Comércio americano, Robert Lighthizer, critica no comunicado a decisão dos parceiros, dizendo que ela prejudica fazendeiros, empresas e trabalhadores americanos. "Os Estados Unidos adotarão todas as medidas necessárias para proteger nossos interesses e pedimos a nossos parceiros comerciais que trabalhem de modo construtivo conosco sobre os problemas criados pelo excesso de capacidade massivo e persistente nos setores de aço e alumínio", afirma a autoridade.
Mais cedo, o Ministério do Comércio da China também afirmou que entrou com uma reclamação na Organização Mundial do Comércio (OMC) em relação à lista de tarifas propostas por Washington sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses.
O governo chinês havia informado na semana passada que o país abriria imediatamente uma reclamação na OMC contra o unilateralismo dos Estados Unidos, após a ameaça norte-americana de adotar tarifas de 10% sobre outros US$ 200 bilhões em importações chinesas.
As imposições incluem itens como roteadores, móveis e bolsas. A China reagiu duramente ao anúncio do governo do presidente americano, Donald Trump, acusando os EUA de tomar medidas sem base na legislação internacional.
Fonte: Estadão