Estrangeiros pisam no freio e investem menos no Brasil

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DE SÃO PAULO - Projeções do IIF (Institute of International Finance), entidade que reúne mais de 470 instituições financeiras no mundo, estimam que o fluxo de recursos estrangeiros para o Brasil tenha se reduzido no ano passado.

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O instituto atribui esse recuo ao que classificou de "ativismo antivalorização" do real, cujo eixo foram as barreiras impostas à entrada de investimentos no país.
Fixadas em 2010 para evitar que incentivos concedidos por países desenvolvidos para reativar suas economias não inundassem o Brasil, as barreiras foram parcialmente retiradas no ano passado.

Segundo o relatório "Capital Flows to Emerging Market Economies" (Fluxos de Capitais para Economias Emergentes), divulgado ontem, a colocação e a retirada de barreiras reduziu os fluxos de capital para o país e criou incertezas entre os investidores.

O relatório cita como exemplo os investimentos em ações, cujas barreiras foram retiradas em 2011. Até hoje, os aportes não voltaram ao nível anterior às restrições. Contribuiu para esse recuo a perspectiva de crescimento econômico menor no Brasil.

Nesse período, o investimento estrangeiro produtivo aumentou. Chegou ao recorde de US$ 66 bilhões em 2011. Mas também deve ter recuado em 2012.

O Banco Central informa hoje o desempenho das contas externas do país e deve informar um recuo do investimento para US$ 63 bilhões.
Apesar de abaixo de 2011, o resultado é positivo, avalia o professor da PUC-SP Antônio Corrêa de Lacerda.

"O Brasil continua atrativo", afirma. "Houve redução dos investimentos em todo o mundo, até na China. Mantermos um marca superior a US$ 60 bilhões, pelo segundo ano consecutivo, é positivo", diz Lacerda.

O IIF registrou a redução dos fluxos de investimentos para os mercados emergentes. Um dos motivos é o desempenho aquém do potencial em grandes emergentes, como a China.

Em 2013, porém, o fluxo total de investimentos deve voltar a crescer, segundo estimativa da entidade. O IIF revisou para cima a previsão anterior, feita em outubro, de investimentos em mercados emergentes para US$ 1,118 trilhão. Isso porque emergentes europeus devem receber mais recursos em 2013.

O investimento produtivo, entretanto, sofreu corte de cerca de US$ 20 bilhões em relação à estimativa anterior, justamente devido à previsão de menos atração de países como Brasil e a Rússia.

(Fonte: Folha de São Paulo/MARIANA CARNEIRO)






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