Os embarques brasileiros de suco de laranja mantiveram o ritmo forte em maio e somaram 998,8 mil toneladas equivalentes ao produto concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) nos 11 primeiros meses desta safra 2019/20, que começou em julho do ano passado, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela CitrusBR, entidade que representa as três maiores indústrias exportadoras do produto brasileiro (Citrosuco, Cutrale e Louis Dreyfus Company). O volume cresceu 16% em relação ao mesmo período do ciclo passado. A receita das vendas aumentou 3% na comparação, para US$ 1,7 bilhão.
Boa parte do avanço decorre do aquecimento da demanda, sobretudo na Europa, em meio à pandemia da covid-19. Prevalece entre os consumidores a sensação — não comprovada cientificamente — de que a vitamina C da laranja pode ser um escudo eficiente contra o novo coronavírus. O aumento das temperaturas do Hemisfério Norte também colabora para o incremento das vendas nesse período do ano.
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Segundo a CitrusBR, as exportações para a União Europeia alcançaram 702,1 mil toneladas no intervalo, com alta de 27%. Essas vendas geraram US$ 1,2 bilhão em divisas, crescimento de 13% ante os 11 primeiros meses da temporada 2018/19. Para os EUA os embarques continuaram em queda, tendo em vista que os estoques do país estão elevados e são suficientes para atender ao aumento da demanda doméstica, que tem sido expressivo. O volume exportado caiu 18%, para 154,4 mil toneladas, e a receita recuou 25%, para US$ 248,6 milhões.
Para os principais destinos do suco de laranja na Ásia, as exportações continuam firmes. Para o Japão, somaram 52 mil toneladas de julho de 2019 a maio passado, 14% mais que no mesmo período do ciclo anterior, e renderam US$ 92,1 milhões, alta de 4%; para a China, foram 41,3 mil toneladas, um aumento de 37%, ou US$ 57,8 milhões, 4% menos por causa da retração dos preços médios.
Fonte: Valor