Fundo Brasil-China pode financiar 100% de projetos

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Foi lançado ontem (26), em Brasília, um fundo de investimentos com recursos de China e Brasil. Voltado exclusivamente para projetos em território brasileiro, o fundo tem inicialmente US$ 20 bilhões para aplicar em projetos de infraestrutura, manufatura, tecnologia e agronegócio.

Segundo o secretário de assuntos internacionais do Ministério do Planejamento, Jorge Arbache, o valor é inicial e há disposição dos chineses em ampliar essa oferta. Os recursos chegam em um momento em que os bancos estatais brasileiros estão enxugando financiamentos, em razão da restrição orçamentária do governo federal, e os bancos privados mantêm o crédito contraído. O fundo é abastecido com 75% dos recursos vindos do Claifund chinês, voltado a projetos de cooperação na América Latina e cuja origem são as reservas internacionais da China.


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Os 25% restantes serão aportados por instituições financeiras brasileiras, preferencialmente BNDES e Caixa. Mas, segundo Arbache, bancos privados brasileiros também podem participar do financiamento a projetos. O diferencial do fundo é a gestão compartilhada entre China e Brasil, que terá como objetivo elencar projetos prioritários de interesse dos dois países no Brasil.

Além disso, o fundo poderá financiar até 100% do projeto ou ainda aceitar sociedade no empreendimento. As taxas de juros serão fixadas de acordo com a viabilidade e com o retorno de cada projeto. Apesar da crise política e da economia ainda em ritmo lento, a expectativa do governo brasileiro é que muitos interessados apresentem projetos nos próximos dias.

Arbache afirmou que 35 grandes empresas chinesas demonstraram interesse em apresentar propostas de investimento para o fundo. Isso também poderá apoiar a compra de ativos no Brasil, segundo ele.

Refinaria

Em entrevista ao Diário do Nordeste em maio, o assessor de Assuntos Internacionais do Governo do Estado, Antonio Balhmann, disse que o Fundo Brasil-China deixa mais viável o projeto da refinaria do Ceará, prevista para se instalar na Zona de Processamento de Exportação do Estado (ZPE Ceará). Ele disse que o contato com os chineses da Guangdong Zherong Energy é feito de 15 em 15 dias e que a empresa contratou "um executivo de alto padrão e uma empresa de análise de projetos especialmente para tocar a refinaria do Ceará". "Esse é o passo mais importante no acordo Brasil-China no patamar federal desde o encontro da ex-presidente Dilma e o primeiro-ministro chinês em 2015", afirmou Balhmann.

Fonte: Diário do Nordeste






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