Gerdau ressalta foco em caixa após prejuízo

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A Gerdau se concentrou nos últimos trimestres em conseguir gerar caixa, até mais do que resultados operacionais, e alcançou seu objetivo de forma mais significativa no quarto trimestre. Segundo a diretoria da siderúrgica, essa estratégia, que na avaliação do grupo é um grande motor de criação de valor, continuará sendo regra.

Durante o quarto trimestre do ano passado, segundo balanço publicado ontem pela empresa gaúcha, o fluxo de caixa livre foi positivo em R$ 1,24 bilhão, 1,1% maior do que nos mesmo meses de 2015. Mas considerando 2016 como um todo, houve geração de R$ 2,29 bilhões, queda de 24,3%.


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"Vamos continuar gerando fluxo de caixa positivo nos próximos anos e isso, aliado ao dólar, que esperamos mais estável, vai permitir que continuemos desalavancados", afirmou ontem Harley Scardoelli, diretor financeiro da companhia, em teleconferência com analistas.

Scardoelli elegeu o baixo investimento e o esperado aumento no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) como grandes motores da geração de caixa daqui para frente. Em 2016, o Ebitda recuou 10%, para R$ 4,5 bilhões, mas o investimento caiu ainda mais, um corte de 43% para R$ 1,3 bilhão. E o mesmo nível é aguardado para 2017.

Durante a teleconferência, o presidente da empresa, André Gerdau Johannpeter, reforçou a posição de que a busca por rentabilidade é constante. Por exemplo, apesar de o Ebitda ter caído no ano, a margem avançou de 10,3% para 10,8%. "Hoje temos estruturas mais ágeis e simples e estamos preparados para aproveitar o aumento esperado da demanda no Brasil e nos Estados Unidos", declarou.

O executivo lembrou que reduções de despesas operacionais já acumulam economia de R$ 340 milhões e, além disso, houve liberação relevante de capital de giro. O fluxo de caixa livre positivo do quarto trimestre mesmo foi influenciado por destravamento de R$ 1,17 bilhão do capital de giro.

Mas o resultado foi ruim no quarto trimestre. O mercado já esperava piora, mas ela veio mais intensa. O prejuízo líquido de R$ 3,07 bilhões foi significativo, mas 3% menor do que um ano antes, e causado especialmente por baixas contábeis em R$ 2,92 bilhões. Sem esse efeito e outros não recorrentes, o prejuízo ajustado seria de R$ 203,4 milhões. A receita líquida caiu 17,5% em comparação anual, para R$ 8,62 bilhões, menor valor desde o 1º trimestre de 2011.

Vários analistas se surpreenderam negativamente com o resultado, mas aproveitaram para elogiar a geração de caixa. O BTG Pactual, por exemplo, se disse "impressionado" em relatório. As ações preferenciais da siderúrgica fecharam o pregão de ontem da BM&FBovespa em queda de 3,95%, para R$ 13,13.

Após dois anos com baixas contábeis de R$ 7,91 bilhões, Scardoelli disse que espera já ter "limpado" o balanço para os anos seguintes.

Fonte: Valor






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