Grupo de Conjuntura do Ipea projeta inflação de 3,6% em 2018, mesmo com esperado aumento de preços dos alimentos

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A seção Visão Geral da Carta de Conjuntura nº 38 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgada em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 22, indica que o cenário permanecerá positivo, em 2018, para a recuperação do nível de atividade econômica no Brasil. O estudo aponta que o principal resultado positivo do primeiro bimestre de 2018 veio da taxa de inflação. A projeção de variação do IPCA é de 3,6% neste ano, mesmo com a esperada retomada de preços de alimentos, que, em 2017, apresentaram deflação.

Apesar da importante contribuição dos alimentos, mesmo com a exclusão desses preços do cálculo do IPCA, o índice acumulado em 12 meses recuou significativamente, de 10% para 4,2% entre janeiro de 2016 e fevereiro de 2018. A projeção da taxa de variação do subíndice do IPCA para alimentos em 2018 é de 3,63%, enquanto a de bens livres, exceto alimentos, é de 2,36%. Por sua vez, a estimativa do subíndice desagregado para educação é de 6,27%, e de 5,94% para saúde.


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A inflação em patamar baixo e o hiato do produto, atualmente em 4,4% – diferença entre PIB corrente e PIB potencial, que revela a capacidade ociosa da economia –, mostram que há espaço para política monetária estimular o crescimento sem grandes riscos de escalada de preços. O Grupo de Conjuntura do Ipea também estima uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3% tanto neste ano quanto em 2019.

O resultado em 2018 será explicado principalmente pela expansão do consumo das famílias (3,4%) e do investimento (4,5%). O consumo do governo deve registrar crescimento nulo, enquanto as exportações líquidas de bens e serviços devem contribuir negativamente para o resultado do PIB, com avanço das importações (7,5%) superior ao das exportações (6,5%). Por sua vez, o crescimento da indústria (3,6%) e dos serviços (2,9%) deve compensar a queda do PIB agropecuário (-2,2%).

Investimento e consumo das famílias

Neste primeiro trimestre do ano, a previsão é de um crescimento do PIB de 1,9% em relação ao mesmo período de 2017, puxado pelo aumento do consumo das famílias (3,4%), do investimento agregado (4,3%), e pelos avanços da indústria (2,6%) e dos serviços (2,4%). Para os trimestres seguintes, a expectativa é de um novo impulso ao investimento e de aumento do consumo privado, fazendo com que essas variáveis fechem 2018 com taxas de crescimento acumulado de 4,5% e 3,4%, respectivamente.

O consumo deve permanecer como propulsor do crescimento econômico em 2018, apesar da forte desaceleração no último trimestre de 2017. “A inflação controlada, os juros em queda ao longo de todo ano passado e em níveis inéditos de baixa, a redução do endividamento das famílias como proporção da sua renda, e o comportamento favorável do mercado de trabalho – com o aumento da ocupação e elevação do rendimento médio do trabalho – são fatores que apontam para uma aceleração do crescimento do consumo”, afirma a análise do Grupo de Conjuntura.

A seção Visão Geral apresenta previsões de outros indicadores macroeconômicos para 2018 e 2019, como a taxa de juros Selic e a taxa de câmbio (R$/US$). As projeções do IPCA foram calculadas para cinco subíndices: bens livres/alimentos, bens livres/exceto alimentos, serviços livres/educação, serviços livres/saúde e serviços livres/outros.

Durante a coletiva de imprensa, técnicos do Ipea também apresentaram a seção Atividade Econômica da Carta de Conjuntura. O estudo traz prévias de indicadores referentes a fevereiro de 2018. O Indicador Ipea de Produção Industrial – uma prévia da PIM-PF do IBGE – registrou crescimento de 4,4% em fevereiro, frente ao mesmo período de 2017. Já o Indicador Ipea de Vendas do Comércio (varejo ampliado) – prévia do resultado da Pesquisa Mensal do Comércio, também do IBGE – apontou um avanço de 5,7% na comparação com fevereiro do ano passado.






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