Guedes sugere reforma tributária antes de 'abertura comercial'

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O futuro ministro da área econômica, Paulo Guedes, sugeriu nesta terça-feira que o país deve buscar uma reforma tributária antes de promover uma "abertura comercial". Ele afirmou que, se o processo ocorrer de maneira inversa, a indústria nacional pode ser prejudicada. "De repente, a Fazenda baixa impostos e aí o da Indústria e Comércio não abriu a economia. Ou então o de Indústria e Comércio tenta abrir a economia e prejudica a indústria brasileira porque os impostos não foram reduzidos ainda. Eu não posso soltar competição estrangeira dentro do Brasil antes de simplificar e reduzir impostos", disse.

Ele deu as declarações quando indicava que os ministérios ligados à área econômica devem ficar agrupados em uma mesma pasta para ter maior alinhamento. "Todos [estão] achando que é um ministro com superpoderes, mas é o contrário. Os ministérios estão juntos para evitar superposição", disse.


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Guedes ressaltou o papel da imprensa em comunicar a situação das contas públicas à população. "A mídia é muito importante", afirmou. "Vocês têm papel extraordinário, que é construtivo. Que é [comunicar] o seguinte: Qual o diagnóstico? O descontrole de gastos levou o Brasil à hiperinflação, ao endividamento em bola de neve, a uma moratória externa lá atrás, juros excessivos, impostos excessivos. Qual o saldo disso, de um modelo econômico dirigista, com muita intervenção de governo e muito gasto público? [Isso] corrompeu a democracia e travou o crescimento da economia. Então temos que fazer essa transformação, essa reforma do Estado", afirmou.

Ele destacou que o Brasil é uma democracia emergente, bem-sucedida e que vive uma transição "saudável" no poder para a centro-direita. Ele disse ainda que o país é um Estado de Direito, com poderes independentes e imprensa livre. "Então estamos num momento absolutamente tranquilo", afirmou.

Para Guedes, a democracia brasileira, com independência de poderes, pode ser observada em certos momentos do país. "Tivemos impeachment de dois presidentes, um de direita e outro de esquerda, e mostramos a independência do Legislativo. E aí quando o Executivo tentou comprar sustentação parlamentar no Legislativo, o Judiciário despertou e andou prendendo gente do Executivo e do Legislativo. Então o Brasil é uma democracia emergente, que começou uma transição para a centro-direita."

De acordo com ele, "não existe nenhum país saudável que tenha só esquerda" no poder. "Isso não é bom. Essa alternância de poder é importante. E é uma história virtuosa. (...)", afirmou.

Segundo ele, as políticas devem começar "atirando" nos grandes gastos -- liderados pela Previdência. "Então vamos fazer reforma da Previdência. O segundo grande gasto é o juro da dívida. Vamos acelerar as privatizações e vamos transformar o Estado. Na hora em que acelerarmos privatizações, vamos liberar recursos em vez de pagar juros da dívida e esses recursos serão liberados para fazer a reforma fiscal e descentralizar recursos para Estados e municípios."

Para ele, a descentralização dos recursos para entes subnacionais fará o dinheiro ir para "onde o povo está". "O importante são as instituições, os desenhos, os novos eixos de governabilidade, que é o pacto federativo de Estados e municípios", disse.

Fonte: Valor






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