SÃO PAULO - A avaliação sobre quanto de água os grãos carregam, velho ponto gerador de divergências entre produtores e compradores, passará agora pelo crivo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Desde 19 de fevereiro, os medidores de umidade têm obrigatoriamente que ser aprovados e verificados pela entidade, garantindo padrões de mensuração mais precisos para esse indicador, importante na formação dos preços de produtos como soja e milho.
Antigo pleito do setor, a regulamentação foi estabelecida em 2013, quando o Inmetro publicou a portaria com os requisitos técnicos para os medidores, após uma consulta pública que durou 60 dias. Entretanto, o prazo de adequação para a indústria encerrou-se no mês passado.
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A operação de secagem permeia todas as etapas do processo produtivo, da colheita à comercialização. “A umidade pode representar até 14% do peso do produto. Portanto, um instrumento fora dos padrões metrológicos pode impactar os negócios e até a economia do país, diante do grande volume nas transações”, disse em nota Luiz Carlos Gomes, diretor de metrologia legal do Inmetro.
Conforme Gomes, o instituto definiu requisitos de software e de segurança para os medidores. O regulamento está disponível no site do Inmetro.
Fonte: Valor Econômico\Mariana Caetano