A petroleira britânica BP informou nesta terça-feira que obteve no segundo trimestre um lucro líquido de US$ 2,8 bilhões, um aumento de 19,4 vezes em relação aos US$ 144 milhões registrados no mesmo período de 2017.
Excluindo itens não recorrentes, o lucro da companhia cresceu mais de quatro vezes, de US$ 684 milhões para US$ 2,8 bilhões. Um levantamento feito pela própria companhia com 21 analistas de mercado apontava uma expectativa de que o lucro ajustado somasse US$ 2,7 bilhões.
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A receita da companhia, na mesma base de comparação, cresceu 34%, indo de US$ 57,3 bilhões para US$ 77 bilhões. O ganho com venda de produtos e outras receitas operacionais aumentou 33,5%, para US$ 75,4 bilhões.
Os resultados da companhia foram beneficiados pelo crescimento do preço do petróleo no mercado internacional e o desempenho da estatal russa Rosneft, na qual possui 20% de participação.
O lucro operacional da divisão de exploração e produção (upstream) de petróleo e gás cresceu mais de 4,4 vezes, para US$ 3,52 bilhões. De acordo com a BP, este foi o melhor resultado trimestral desde o terceiro trimestre de 2014.
A produção de óleo e gás teve alta de 1,4%, para 2,4 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d). A companhia destacou a entrada em vigor de três grandes projetos em 2018, o de gás natural de Shah Deniz 2, no Azerbaijão, a expansão do campo de petróleo de Taas-Yuryakh, na Rússia, e o campo de gás de Atoll, também na Rússia.
No caso da Rosneft, o lucro ajustado cresceu 2,7 vezes, a US$ 766 milhões, graças ao aumento do preço do petróleo e câmbio favorável.
A BP divulgou ainda que gerou US$ 7 bilhões em fluxo de caixa operacional, excluindo o pagamento de US$ 700 milhões relacionados ao derramamento de petróleo no Golfo do México, em 2010. O montante é 43% superior aos US$ 4,9 bilhões apurados no segundo trimestre de 2017.
No primeiro semestre, o lucro líquido da companhia aumentou 3,3 vezes, para US$ 5,2 bilhões, e uma receita de US$ 146 bilhões, aumento de 28,4%.
A BP informou que mais três grandes projetos na área de upstream devem iniciar produção neste ano, sem dar detalhes, e que realizou decisões de investimentos no primeiro semestre para cinco projetos, localizados em Omã, Índia, o Mar do Norte da Europa e Angola. A companhia destacou em seu relatório a expansão de sua atuação no pré-sal brasileiro, após as vitórias na 4ª rodada da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em junho.
Fonte: Valor