MMX quer vender projeto em Corumbá para se concentrar em Serra Azul

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A MMX, empresa de mineração de Eike Batista, está conversando com empresas regionais  interessadas em adquirir o seu projeto MMX Corumbá, em Mato Grosso do Sul, cuja produção  foi interrompida em julho, informou ontem o presidente da empresa e diretor de relações com  os investidores, Carlos Gonzalez.

"A gente tem interesse sim de se desfazer do ativo Corumbá", afirmou Gonzalez, "estamos  sendo procurados por várias empresas que não querem entrar na MMX como um todo. São  empresas de interesse regional que querem participar só de Corumbá", explicou Gonzalez na  teleconferência.

O Sistema MMX Corumbá iniciou suas operações em setembro de 2006 e tem capacidade instalada  para produzir 2,1 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano. Em 4 de julho  interrompeu sua produção alegando maior otimização na alocação de capital da empresa.

Assim como as outras empresas do grupo EBX, que se encontram em uma crise de credibilidade  desde o ano passado, a MMX vem enfrentando dificuldade para obter novos empréstimos e rolar  suas dívidas no mercado.

"A gente tem conseguido obter novas linhas de crédito, não na quantidade que a gente deseja. Dois grandes bancos que nos apoiam vão  renovar nossas linhas no segundo semestre. A gente vai conseguir rolar a dívida", disse o  diretor financeiro, Ricardo Assef, em teleconferência com analista nesta manhã.

Ontem a MMX divulgou que reconheceu uma perda contábil de R$ 153,8 milhões com a unidade de  Corumbá, que afetou o balanço da companhia no segundo trimestre.

A MMX teve prejuízo de R$ 441,5 milhões entre abril e junho, contra perda de R$ 391,6  milhões há um ano. A dívida da mineradora no período chegou a R$ 3 bilhões, sendo R$ 786  milhões de curto prazo e R$ 2,2 bilhões de longo prazo.

Mina de Serra Azul e Porto Sudeste

Segundo Gonzalez, a MMX quer se concentrar nos projetos da mina de Serra Azul, em Minas  Gerais, e na construção do Porto Sudeste, cuja primeira linha de embarque está 92% pronta e  deve começar a operar no final deste ano, disse o executivo.

"A mina de Corumbá foge um pouco da nossa estratégia, é uma operação em um Estado  diferente, uma produção pequena e uma situação complexa de logística", explicou.

O executivo afirmou que o futuro da MMX ainda depende da entrada de um novo sócio na  companhia, depois que o sócio controlador, Eike Batista, anunciou que pretende reduzir sua  participação na empresa, como vem fazendo em outras empresas do grupo EBX.

Sem citar nomes, ele afirmou que a MMX, por conta do Porto Sudeste, seu maior projeto,  atraia empresas como mineradoras, traders e produtores em geral.

O novo sócio vai decidir se a mina de Serra Azul será expandida para ter uma produção de 50  milhões de toneladas de minério de ferro em 2017.

"Estamos esperando a chegada do novo sócio acionista, e assim que tiver o processo  finalizado, a MMX vai se consolidar como uma mineradora da região de Serra Azul", disse o  executivo.

A finalização do Porto Sudeste está garantida, disse Gonzalez, informando que o  financiamento de R$ 935 milhões concedidos pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento  Econômico e Social ) em maio será suficiente para iniciar a operação do porto. Já para  completar o projeto, que prevê quatro linhas de embarque (até o momento apenas uma linha de  embarque está sendo construída), a empresa vai precisar de R$ 3 bilhões a R$ 3,5 bilhões,  disse.

"A gente acredita que colocando o porto em operação e acertando o ramp up (evolução da  produção) vai acontecer um processo natural de refinanciamento", avaliou Gonzalez.

Fonte:Gazeta do Povo(PR)/Folhapress


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