O novo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse nesta quinta que o governo Jair Bolsonaro não tem intenção em intervir em preços dos combustíveis, mesmo em caso de disparada das cotações internacionais do petróleo. Ele defendeu mais investimentos em refinarias para garantir o abastecimento de combustíveis no país.
“Não há qualquer possibilidade de intervenção no preços dos combustíveis”, afirmou o ministro, em entrevista após a posse do novo presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, na sede da companhia, no Rio. O Basil acaba de passar por um programa de subvenção ao preço do diesel, que garantiu desconto de até R$ 0,30 por litro.
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O ministro afirmou, porém, que o governo trabalhará com a ANP (Agencia Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) para dar maior transparência aos preços os combustíveis e garantir que o consumidor pague um “preço justo” nas bombas. Ele não quis adiantar, porém, o que considera um preço justo.
Em seu discurso, ele disse que o governo estuda medidas para atrair investimentos no abastecimento de combustíveis, o que considera ser prioritário para o país. Ele respondeu, porém, que a entrada de novos agentes não deve se dar prioritariamente com a venda de refinarias da Petrobras.
De todo modo, a companhia manterá o plano de venda de ativos de refino, sinalizou em seu discurso Castello Branco, para quem a Petrobras deve manter seu foco na área de exploração e produção de petróleo e gás, segmento em que obtém os melhores resultados financeiros.
O executivo disse que a estatal reavaliará sua presença em segmentos como logística, refino, distribuição e gás natural, definindo ativos para incluir em seu plano de desinvestimentos.
Castello Branco também defendeu preços dos combustíveis alinhados às cotações internacionais e rechaçou a possibilidade de novos subsídios.
“Os preços devem seguir a paridade internacional, com sonoro não a subsídios e sonoro não a tentativas de monopólio”, afirmou, em seu discurso, no qual defendeu o liberalismo econômico proposto pelo governo Jair Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, que estava presente à cerimônia.
Também egresso da Universidade de Chicago, como Guedes, ele defendeu maior competição no setor e parcerias com empresas privadas. “Essa solidão no refino nos incomoda”, afirmou, em seu discurso. “O liberalismo é fraterno e a economia de mercado é jogo de cooperação.”
Fonte: Folha SP