Nova exportação de minério de ferro adiada

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Globest realizou exportação de apenas uma carga. Foram enviadas, em fevereiro, 70 toneladas de minério

Empresa readapta planta de exploração porque novo minério retirado do solo possui características diferentes

O Ceará não realizará uma nova exportação de minério de ferro ainda este ano. A chinesa Globest está readequando a sua planta de exploração do minério, localizada em Sobral, no distrito de São José do Torto, e, por conta disso, só deverá voltar a enviar o produto para a China no próximo ano, segundo informou ao Diário do Nordeste uma fonte da empresa.

Segundo essa fonte, a readaptação foi necessária porque os novos volumes de minério que estão sendo retirados do solo possuem características diferentes daqueles inicialmente explorados. "À medida que fomos explorando, o mineral vai diminuindo a qualidade. Nós precisamos fazer a concentração do minério de ferro e, para isto, estamos desenvolvendo um outro processo", explica.

No início da pesquisa da empresa na área, ainda em 2008, o Diário visitou a lavra, e viu que as expectativas eram bastante positivas para lá. "Os teores são favoráveis, acima de 65% de ferro, o que é uma média excelente. É o ´filé mignon´ do mercado de ferro", afirmara, à época, o geólogo gerente do projeto, Cláudio Ramalho.

Terminal portuário

Por conta das mudanças nos teores, os planos de instalação de um novo terminal portuário para o escoamento da produção da Globest não sairão, por enquanto, do papel.

A empresa havia contratado uma equipe de técnicos para elaborar o projeto, que consistiria em um terminal independente próximo ao Porto do Pecém, aproveitando a infraestrutura já existente por lá, para realizar as exportações.

Desde 2008 realizando a prospecção e posteriormente a extração do minério de ferro em Sobral, a Globest só realizou, até agora, a exportação de uma única carga. Foram enviadas, no último mês de fevereiro, 70 toneladas da matéria-prima utilizada na siderurgia, em um trajeto de duração de 40 dias até o país asiático.

A expectativa era de que, a cada 60 dias, tivessem sido feitos novos embarques, com volume similar, totalizando, no fim deste ano, 420 mil toneladas de minério de ferro granulado, o que não ocorreu. Contudo, apesar de o volume ter sido bastante inferior ao que é exportado, por exemplo, por Carajás, no Pará, este foi o maior embarque registrado no Ceará desde 1906, na época da Ponte Metálica, segundo já informara ao Diário, o diretor de Desenvolvimento Comercial da Cearáportos, Mário Lima Júnior.

O mineral extraído foi levado de caminhão até a retroárea do Porto do Pecém, onde foi estocado e depois escoado. O aumento da área de depósito do porto começou a ser estudado. Logo após este primeiro envio, a empresa já informara que iria trabalhar na melhoria da tecnologia de lavra, adquirindo novos equipamentos, mais modernos, para o processo de extração.

O Governo do Estado já havia dado a estimativa de que esta jazida cearense poderia ser completamente explorada em um período de 10 anos. O Estado, assim, poderia produzir 12 milhões de toneladas/ano.

Fonte: Diário do Nordeste (CE)/SÉRGIO DE SOUSA






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