Opep concorda em aumentar produção de petróleo a partir de julho

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A Opep (Organização de Países Exportadores de Petróleo) concordou nesta sexta-feira (22) em aumentar a produção de petróleo em cerca de um milhão de barris diários a partir de julho, informou o ministro saudita da Energia ao deixar a reunião em Viena, na Áustria.

"Temos consenso", disse Khaled Al Fali. "Acho que contribuiremos de maneira significativa a satisfazer a demanda suplementar que prevemos para a segunda metade do ano", acrescentou.


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As negociações desta semana em Viena foram marcadas pelos desacordos entre a Arábia Saudita e Rússia, favoráveis ao aumento, e o Irã, que defendia manter o nível atual.

O montante representa 1% da oferta global da commodity. O aumento efetivo será menor porque vários países que recentemente produziram menos petróleo terão dificuldade em retornar às cotas totais, enquanto outros produtores não terão permissão para preencher a lacuna, disseram pessoas da Opep que pediram para não serem identificadas.

Os contratos futuros do petróleo subiam com força nesta sexta. Às 11h15 (horário de Brasília), o petróleo Brent tinha alta de 2,29%, a US$ 74,72. O petróleo dos Estados Unidos avançava 3,22%, a US$ 67,65 por barril

Os Estados Unidos, a China e a Índia pediram à Opep que liberasse mais oferta para evitar um déficit petrolífero que prejudicaria a economia global.

"Espero que a Opep aumente substancialmente a produção. É preciso manter os preços baixos!", publicou mais cedo o presidente dos EUA, Donald Trump no Twitter.

A Arábia Saudita e a Rússia disseram que ficariam felizes em bombear mais, mas o Irã criticou a ideia, já que enfrenta sanções americanas que impedem a exportação.

O Irã, terceiro maior produtor da Opep, exigiu que a organização rejeite pedidos deTrump, por um aumento no fornecimento de petróleo, argumentando que o norte-americano contribuiu para um aumento recente dos preços ao impor sanções ao Irã e à Venezuela.

Trump impôs novas sanções a Teerã em maio e analistas do mercado esperam que a produção do Irã caia em um terço até o final de 2018. Isso significa que o país tem pouco a ganhar com um acordo para aumentar a produção da Opep, diferentemente da Arábia Saudita.

No entanto, o ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, parece ter convencido seu colega iraniano Bijan Zanganeh a apoiar o aumento poucas horas antes da reunião desta sexta.

A Opep e seus aliados participaram desde o ano passado de um pacto para reduzir a produção em 1,8 milhão de bpd (barris por dia). A medida ajudou a reequilibrar o mercado nos últimos 18 meses e impulsionou os preços para cerca de US$ 75 por barril, de US$ 27 em 2016.

Interrupções inesperadas na Venezuela, Líbia e Angola, no entanto, reduziram efetivamente os cortes de oferta para cerca de 2,8 milhões de bpd nos últimos meses.

Fonte: Folha SP






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