Para ANP, sucesso no México é boa notícia para leilão brasileiro

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O cenário atual da indústria de óleo e gás é positivo para a realização das rodadas de blocos exploratórios previstas para este ano, disse ontem o diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Décio Oddone. Segundo ele, o sucesso do leilão realizado pelo México, que levantou US$ 93 bilhões em investimentos, na semana passada, confirma o ciclo de retomada das petroleiras globais e representa uma boa notícia para o Brasil.

O diretor-geral da ANP não vê o sucesso mexicano como motivo de preocupação. De acordo com ele, há espaço para negócios nos dois países, porque ambos oferecem áreas atrativas.


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"Não acredito nessa história de competição [por atração de investimentos entre os dois países]. Temos muita empresa no mundo. Claro que o capital é limitado, mas para os ativos que são efetivamente atraentes, vai continuar havendo interesse", disse Oddone a jornalistas, durante o lançamento, ontem, de um aplicativo de consulta de dados sobre o setor de óleo e gás, que fornece informações sobre as atividades de exploração e produção e de participações governamentais no país.

No leilão mexicano da semana passada, a Shell foi a grande protagonista: arrematou 9 das 19 áreas negociadas. Outro destaque foi a Petronas, empresa petrolífera da Malásia, que conquistou sete áreas. Multinacionais como Chevron, Repsol, Qatar Petroleum International (QPI) e Eni também marcaram presença.

"O ciclo da indústria está se confirmando. Quando se tem uma redução nos preços, a primeira coisa que as empresas fazem é ajustar custos e isso começa pela exploração. Esse ciclo é conhecido. As companhias cortam exploração, ajustam custos e, quando o preço começa a se recuperar, indústria volta a se movimentar e a começam a buscar ativos exploratórios", afirmou o diretor-geral da agência reguladora.

Na semana passada, Oddone disse que a 15ª rodada de blocos exploratórios, em março, e a 4ª rodada de partilha do pré-sal, em junho, devem gerar, juntas, R$ 3,5 bilhões à União. No ano passado, o governo arrecadou R$ 9,95 bilhões com a 14ª rodada e a 2ª e 3ª rodadas de partilha do pré-sal.

"Já vimos o grande interesse das empresas de voltar a pegar ativos exploratórios. Nossos leilões no ano passado foram prova disso. O leilão do México, da semana passada, confirma essa tendência. Espero que nossos leilões deste ano continuem confirmando essa tendência", disse Oddone.

A ANP espera publicar até abril a regulamentação do 'waiver' (pedido de perdão pelo não cumprimento dos índices de conteúdo local). Segundo ele, a medida é uma das pendências regulatórias a serem resolvidas pela agência este ano, assim como a regulamentação da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) e ajustes na regulação do gás natural. "Grande parte da agenda de ajustes do ponto de vista macro e regulatório já foi feita", disse.

Fonte: Valor






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