PDVSA concorda em pagar US$ 2 bilhões, diz Conoco

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A ConocoPhillips informou que a PDVSA concordou em pagar US$ 2 bilhões que um tribunal internacional de arbitragem estabeleceu como compensação pela expropriação de ativos da empresa americana na Venezuela. A PDVSA concordou em pagar US$ 500 milhões em até 90 dias e o restante em 4,5 anos. O acordo ocorre após a Conoco obter na Justiça o controle dos ativos da PDVSA no Caribe.

Mas analistas questionam a capacidade da PDVSA de realizar os pagamentos. Abalado por severa crise econômica, o país sul-americano deixou de pagar parte de sua dívida de US$ 6 bilhões, e vê a produção de petróleo despencar - de 1,61 milhão de barris diários em janeiro para 1,26 milhão de barris diários em agosto, segundo a Agência Internacional de Energia.


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"Isso dá tempo para a Venezuela", disse Russ Dallen, do banco de investimentos Caracas Capital Markets. "Mas, claro, eles podem deixar de pagar novamente."

Procurados pelo "The Wall Street Journal", tanto o Ministério da Comunicação e Informação quanto a PDVSA não se manifestaram.

Em abril, um tribunal de arbitragem internacional, com sede em Paris, concedeu à Conoco o direito de receber da Venezuela US$ 2 bilhões. Um mês depois, ordens judiciais permitiram que a empresa apreendesse ativos da PDVSA nas ilhas caribenhas Curaçao, Bonaire, Santo Eustáquio e Aruba.

Com isso, a PDVSA teve de desviar petroleiros das instalações de refino e armazenamento no Caribe, fundamentais para carregamento de grandes navios com destino à Ásia, especialmente a China, que recebe petróleo bruto como pagamento da dívida.

Mas, com o acordo com a ConocoPhillips, a Venezuela poderia recuperar o acesso a essas instalações e compensar os atrasos nas entregas de petróleo dos últimos meses. "Esse acordo poderia diminuir a queda da produção de petróleo da Venezuela", disse a ClearView Energy Partners em nota.

Na semana passada, a empresa de mineração Gold Reserve, disse ter recebido US$ 88,5 milhões em títulos do governo como pagamento parcial da dívida de US$ 1 bilhão. Já a extinta mineradora Crystallex International, venceu disputa no início do mês, que a permite tomar a Citgo, unidade de refinação da PDVSA. A empresa tenta receber US$ 1,4 bilhão pela estatização de reserva de ouro.

Fonte: Valor






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