Petrobras decidiu agir depois que Planalto não conseguiu trégua com caminhoneiros

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A Petrobras decidiu agir para conter a paralisação dos caminhoneiros contra a alta nos preços do diesel depois de começar a receber informações de que havia risco de paralisação de aeroportos espalhados pelo país. Durante a tarde de quarta-feira, a diretoria da estatal recebeu a notícia de que Brasília e Congonhas corriam o risco de ficar sem combustível por causa da mobilização nacional.

Também havia a possibilidade de que a própria Petrobras fosse afetada, pois uma avaliação interna da empresa mostrava que havia impacto na operação de suas refinarias. A diretoria teve várias conversas ao longo do dia. A primeira foi antes da reunião dos caminhoneiros com o presidente Michel Temer, na qual o governo chegou a pedir uma trégua na paralisação para que se encontrasse uma solução que reduzisse os preços do diesel por meio de redução da carga tributária.


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No entanto, diante da recusa do movimento em aceitar qualquer acordo com o Planalto, a diretoria da Petrobras voltou a se reunir para ver como poderia ajudar a resolver a crise. O entendimento foi de que seria possível reduzir e congelar o diesel durante 15 dias até que o governo federal chegue a uma solução. Isso foi visto como uma forma de manter os princípios da política de preços da empresa, mas ajudar o governo a sair do impasse.

Quando a Petrobras convocou a coletiva para anunciar a medida, o Palácio do Planalto chegou a temer que seu presidente, Pedro Parente, fosse pedir demissão. Isso porque Parente sempre deixou claro que não aceitaria ingerências políticas na condução da estatal. Assim, ele ligou para o presidente Michel Temer, explicou o que faria e desceu para dar a entrevista.

Dentro da Petrobras, a avaliação agora é que o governo precisa resolver a situação com os caminhoneiros nos próximos 15 dias para gerar o mínimo de impacto possível sobre a empresa. O Palácio do Planalto e interlocutores do presidente Michel Temer comemoraram a decisão da Petrobras.

Antes da coletiva de Parente, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, havia falado da necessidade de uma maior previsibilidade nos preços dos combustíveis:

— Reconhecemos a situação como extremamente grave. Pedro Parente é um dos quadros mais expressivos do nosso processo administrativo, conseguiu dar um sentimento de recuperação, tem todo o mérito pelo que ele conseguiu fazer na Petrobras nesse curto espaço de dois anos. Mas, o cargo de presidente da Petrobras é de confiança da presidência e o presidente Michel Temer, preocupado como está, ele está conversando com Pedro Parente.

Fonte: O Globo






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