Petrobras: Próximo plano de negócios deve reduzir meta de alavancagem

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A Petrobras provavelmente reduzirá sua meta de corte na alavancagem financeira para o plano de negócios 2019-2023, aposta o Santander, que prevê a divulgação das premissas em novembro.

Em relatório, o banco disse ainda que espera maior concentração no desenvolvimento de campos do pré-sal e manutenção da disciplina financeira pela estatal.


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Na opinião dos analistas Christian Audi e Gustavo Allevato, que assinam o texto, há uma chance de o novo objetivo da companhia ser um índice de 1 a 1,5 vez de dívida líquida sobre lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) até 2020. Hoje, a meta é de 2,5 vezes ao fim de 2018 e a previsão do próprio Santander, de 2,3 vezes em dezembro.

Outra mudança importante no plano de negócios, opina o Santander, pode ser a intenção da estatal de seguir com um papel estratégico forte no setor petroquímico.

A holandesa LyondellBasell fez uma oferta pela Braskem em junho, mas o banco aponta algumas saídas para a Petrobras continuar no setor: manter fatia minoritária no novo negócio, dividir os ativos da Braskem, vender ações da Lyondell recebidas na transação para investir no Comperj ou outro grande projeto, ou até recusar a proposta.

No relatório, o Santander também ressalta que acredita em mudanças na política de preços de combustíveis da empresa — principalmente depois do envolvimento político na estatal pós-greve de caminhoneiros. Como os reajustes do diesel estão congelados, para alcançar a cotação do importado, a alta teria de chegar a 8% após dezembro, diz o texto.

“A companhia pode reduzir a frequência de mudanças no preço de combustíveis para um ritmo bisemanal ou mensal”, diz a dupla de analistas.

Audi e Allevato também consideram esse ser um momento no qual a discussão de novos investimentos ganhará tração para a Petrobras. As possibilidade de alocação de capital, lembram no texto, vão de novos desembolsos para exploração e produção no pré-sal e potencialmente outros segmentos da empresa, até um aumento na distribuição de dividendos.

Neste ano, o Santander aposta que serão pagos R$ 4,4 bilhões em proventos aos preferencialistas. Se a política será a mesma para os detentores de ações ordinárias, com direito a voto, é a grande dúvida.

Sobre a meta de desinvestimentos para este ano, de US$ 21 bilhões, o banco comenta que alcançá-la será um desafio. É possível que os processos parados por ordem judicial possam ser retomados em setembro, afirma a instituição, mas a projeção é “ambiciosa”.

A recomendação do Santander para os ADRs — recibos de ações negociados em Nova York — com lastro em papéis ordinários da Petrobras é neutra, com preço-alvo de US$ 14. 

 

Fonte: Valor






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