Petroleira confirma venda de até 40% da BR em IPO

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A Petrobras confirmou oficialmente, pela primeira vez, que a operação de oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da BR Distribuidora deve envolver a venda de 25% a 40% de sua participação acionária na subsidiária. O conselho de administração da petroleira estatal aprovou o registro de oferta pública e de companhia aberta da BR na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A intenção de vender uma fatia de 25% a 40% já vinha sendo sinalizada como a preferência do conselho desde a aprovação do IPO, em julho. Como a meta da Petrobras é listar a distribuidora no Novo Mercado da B3, já se esperava que ao menos 25% das ações da empresa precisariam ser ofertadas - percentual mínimo exigido de ações em circulação (free float) no segmento especial de governança corporativa da bolsa.


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O teto de 40% era a preferência entre os conselheiros. A hipótese de uma pulverização do controle da distribuidora no mercado, a partir da oferta de mais de 50% do capital da companhia, chegou a ser considerada ao longo dos últimos meses de discussão sobre o assunto. A maior parte dos conselheiros, no entanto, preferia "caminhar aos poucos" com a abertura de capital da BR, embora houvesse defensores, no grupo, de um processo de pulverização mais intenso do capital da distribuidora.

O presidente do conselho da Petrobras, Nelson Carvalho, já manifestou anteriormente que a companhia pretende fazer o IPO da BR Distribuidora até dezembro, caso o mercado esteja favorável. Na semana passada, o presidente da estatal, Pedro Parente, disse que a abertura de capital será feita "tão logo quanto possível".

A BR é um dos principais ativos do programa de venda de ativos da estatal, que prevê levantar US$ 21 bilhões no biênio 2017/2018. O banco UBS estima que a BR seja avaliada em R$ 29,5 bilhões.

O IPO da BR começou a ser planejado em 2015, na administração Aldemir Bendine, preso no âmbito da Lava-Jato. No ano passado, contudo, a Petrobras optou por avançar com a venda de uma fatia da empresa para um sócio estratégico. A petroleira brasileira chegou a enviar prospectos a potenciais interessados, em outubro, mas não foi a frente, devido a liminares da Justiça Federal de Sergipe.

Depois que o Tribunal de Contas da União (TCU) exigiu que a petroleira adotasse uma nova sistemática de desinvestimentos, a venda da BR foi interrompida e o IPO voltou a ganhar força.

Ao longo dos últimos meses, a Petrobras vem preparando sua distribuidora para a oferta de ações. Em agosto, a estatal anunciou a reestruturação societária e um aporte de capital de R$ 6,3 bilhões na BR, em troca de recebíveis que a distribuidora tem com confissão de dívida com a Eletrobras, no mesmo valor.

O aporte de capital foi destinado à redução da alavancagem da BR, numa espécie de uma engenharia contábil para "limpar" os números da distribuidora e valorizá-la para uma futura abertura de capital. A percepção no mercado é de que as dívidas detidas pelo setor elétrico pressionariam para baixo o valor da BR.

Ainda em agosto, a Petrobras anunciou a eleição de Rafael Grisolia como novo diretor financeiro da subsidiária. Com mandato até julho de 2019, o executivo assumiu o cargo com a missão de preparar a BR para o processo de abertura de capital.

Fonte: Valor

 






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