Petroleiras engavetam US$ 200 bi em projetos

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Grandes grupos de energia engavetaram US$ 200 bilhões em gastos com novos projetos, numa rodada urgente de corte de custos para proteger dividendos, agora que o preço do petróleo está caindo pela segunda vez neste ano.

A queda do petróleo foi acompanhado por uma queda maior de cobre, ouro e outras matérias-primas, o que empurrou o índice de commodities Bloomberg ao nível mais baixo em seis anos, em meio a temores com o crescimento chinês mais fraco e com estoques em alta.

A queda nos preços do petróleo nos últimos 12 meses resultou no adiamento de 46 grandes projetos de petróleo e gás, com 20 bilhões de barris de óleo equivalente em reservas (mais que todas as reservas comprovadas do México), diz a consultoria Wood Mackenzie.

Estudo de maio da Rystad Energy, uma consultoria norueguesa, diz que US$ 118 bilhões em projetos haviam sido postos em espera, mas a Wood Mackenzie indica que o valor agora é muito maior.

O petróleo tipo Brent, que caiu a menos da metade no ano passado, havia se estabilizado em março. Mas ficou sob nova pressão depois que o preço caiu abaixo de US$ 55 o barril neste mês - um declínio de 20% em relação ao pico de cinco meses atingido no início de maio. Os investidores ficaram nervosos com o setor, e o índice de energia da S&P caiu 7% no último mês.

Entre as empresas que adiaram grandes planos de produção enquanto esperam por uma queda nos custos estão a britânica BP, a anglo-holandesa Royal Dutch Shell, a americana Chevron, a norueguesa Statoil e a australiana Woodside Petroleum.

Mais da metade das reservas colocadas em espera ficam a centenas ou milhares de metros sob o mar, incluindo no Golfo do México e na costa ocidental de África, onde as exigências técnicas para a extração de petróleo e a inflação fizeram subir os custos de produção.

O Canadá é o país mais afetado, com o desenvolvimento de algo como 5,6 bilhões de barris de reservas, quase tudo em areias betuminosas, tendo sido adiado.

"A indústria de exploração está adiando investimentos o mais rápido que pode", disse a Wood Mackenzie em estudo a ser divulgado hoje. "Isso ocorre em parte porque é uma das maneiras mais rápidas de liberar capital em resposta aos baixos preços do petróleo."

O relatório diz ainda que o número de grandes projetos de exploração a serem totalmente aprovados neste ano possivelmente poderá ser contato em uma mão.

A Shell deve divulgar nesta semana cortes profundos nos seus investimentos.

Fonte: Valor Econômico/Christopher Adams | Financial Times, de Londres






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