Os preços do petróleo avançaram mais de 4% nesta segunda-feira (21), com um dólar mais fraco e com a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) dando sinais de que se aproxima de um acordo para limitar a produção quando se reunir na próxima semana.
Em Londres, o petróleo Brent para entrega em janeiro encerrou a sessão em alta de 4,4%, a US$ 48,90 o barril.
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O presidente russo Vladimir Putin disse que não vê nenhum obstáculo para que a Rússia, que não é membro da Opep, concorde em congelar sua produção de petróleo, que é de mais de 11 milhões de barris por dia.
Os preços da commodity têm sido pressionados pelo excesso de oferta mundial.
IRÃ
Neste sábado (19), o ministro iraniano do Petróleo, Bijan Zanganeh, expressou otimismo com a próxima reunião da Opep e disse que os preços do petróleo poderiam saltar para US$ 55 o barril se um acordo fosse alcançado e os produtores que não integram a Opep cooperassem.
"Estamos recebendo sinais positivos que aumentam a probabilidade de acordo na reunião... e estou otimista sobre a situação", disse Zanganeh para a televisão estatal por telefone, depois de se encontrar com o secretário-geral da Opep, Mohammed Barkindo. A reunião está marcada para 30 de novembro.
"Eu acho que se conseguirmos chegar a um acordo, o preço chegaria rapidamente acima de us$ 50 o barril... Se os não produtores da Opep também cooperarem, eu não acho que US$ 55 por barril estaria fora do alcance."
A Opep está próxima de finalizar seu primeiro acordo desde 2008 para limitar a produção de petróleo, com a maioria dos membros dispostos a oferecer ao Irã flexibilidade significativa nos volumes de produção, disseram fontes e ministérios na sexta-feira (18).
O Irã tem sido o principal obstáculo para esse acordo, porque Teerã quer isenções ao tentar recuperar sua participação no mercado de petróleo após a redução das sanções ocidentais em janeiro.
Fonte: Estadão