Petrolíferas Shell, Repsol, Statoil e Total têm lucro no 2º trimestre

Imprimir

A petrolífera espanhola Repsol, a anglo-holandesa Royal Dutch Shell, a francesa Total e a norueguesa Statoil registram lucro líquido no segundo trimestre deste ano. A Repsol e a Shell tiveram aumentod de 79% e 31,5%, respectivamente, em relação a igual período de 2016. Já a Total apresentou queda de 2% no indicador, enquanto a Statoil reverteu o prejuízo obtido no intervalo de abril a junho do ano passado.

Repsol


PUBLICIDADE



A recuperação nos preços do petróleo ajudou a espanhola Repsol a elevar o lucro líquido em 79% no segundo trimestre deste ano, para 367 milhões de euros. Também contribuíram para o resultado a redução de custos, aumento da produção no Brasil e reabertura do campo de Al Shaara, um dos mais importantes da companhia, na Líbia.

A receita operacional no mesmo período cresceu 23%, para 413 milhões de euros.

O impacto negativo do resultado financeiro caiu significativamente, de 138 milhões de euros no segundo trimestre do ano passado para 65 milhões de euros no mesmo período de 2017.

Os resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) do segundo trimestre sofreram queda de 9,1%, ficando em 1,3 bilhão de euros.

A dívida do grupo, por sua vez, era de 7,5 bilhões de euros ao fim de junho, uma queda de quase 868 milhões de euros em relação ao trimestre imediatamente anterior.

Shell

A Shell também registrou alta do lucro no segundo trimestre. O indicador líquido atribuível atribuível aos controladores foi de US$ 1,54 bilhão, alta de 31,5% na comparação com o mesmo período de 2016.

A receita da empresa de abril a junho foi de US$ 72,13 bilhões, crescimento de 23,5% sobre igual intervalo do ano passado, segundo as demonstrações financeiras divulgadas na manhã desta quinta-feira.

No trimestre, a produção de óleo e gás da empresa foi de 3,49 milhões de barris equivalentes diários (boed), uma pequena queda de 0,4% ante igual intervalo um ano antes.

O lucro do segundo trimestre subiu de forma mais acentuada devido ao forte aumento da geração de liquidez, o que indica que a empresa continua a se adaptar às oscilações do petróleo.

No intervalo, a Shell informou ter registrado perdas de US$ 695 milhões com itens especiais relacionados a alienações em áreas petrolíferas e uma despesa de US$ 183 milhões relacionada ao impacto do enfraquecimento do real em uma posição de imposto diferido.

O lucro líquido ajustado a custos de substituição da petrolífera, um indicador relevante para o setor, aumentou para US$ 1,9 bilhão, ante US$ 239 milhões no mesmo período do ano passado. O resultado foi impulsionados pela ligeira recuperação do preço do petróleo no comparativo anual, embora baixas contábeis relacionadas com venda de ativos tenham pesado no lucro total.

Sobre os resultados do intervalo, a Shell também afirma que o crescimento das métricas financeiras acompanha uma maior contribuição do segmento de refino, diante de melhores desempenho na área química e condições na indústria de refinarias.

“Os ganhos também foram impulsionados por uma melhor participação das áreas de exploração e produção e gás integrado, que foram beneficiadas por maiores preços realizados no intervalo e aumento de produção de novos campos”, diz a companhia.

A empresa informou ainda que pretende manter a disciplina financeira, tendo em vista que as perspectivas para os preços do petróleo continuam incertas.

Total

A francesa Total, porém, teve uma queda de 2% no lucro líquido, que somou US$ 2,04 bilhões de euros no segundo trimestre. A receita da companhia subiu 7% de abril a junho, para 39,9 bilhões de euros, ante mesmo período do ano anterior.

Os resultados da companhia foram beneficiados por cortes de custos que levaram a um aumento significativo no fluxo de caixa, sinalizando que a empresa continua a olhar para as novas oportunidades de investimento, apesar da pressão atual do preço do petróleo.

Além dos esforços de redução de custos, o desempenho foi impulsionado por um aumento de 3% na produção, para 2,5 milhões de barris equivalentes por dia, particularmente em projetos de margem elevada. A empresa busca um crescimento da produção de mais de 4% neste ano.

O tom confiante reflete uma campanha para reduzir os custos em todo o negócio em resposta à intensa pressão de uma queda dramática nos mercados de petróleo. Ao longo dos últimos três anos, o preço da commodity despencou de US$ 114 para US$ 27 por barril antes de se recuperar para o atual nível de cerca de US$ 50.

Statoil

Já a estatal norueguesa Statoil conseguiu registrar um lucro atribuível aos controladores de US$ 1,43 bilhão no segundo trimestre, revertendo prejuízo de US$ 307 milhões no mesmo período de 2016.

O desempenho é resultado da alta nos preços do petróleo e da continuidade da política de corte de custos da operação conduzida pela administração.

A receita bruta teve crescimento de 37% no período, ficando em US$ 14,86 bilhões.

O resultado da companhia antes de juros e impostos e que exclui itens não recorrentes para mostrar o desempenho operacional subiu para US$ 3,2 bilhões no segundo trimestre — de US$ 180 milhões um ano antes.

Além dos preços mais elevados, também para gás, e um maior volume de produção, a empresa atribui os resultados a uma reversão de provisão na Angola, no valor de US$ 754 milhões.

A Statoil espera um aumento de 5% na produção neste ano, sendo que antes falava em algo entre 4% e 5%. Ainda assim, a expectativa de crescimento orgânico da produção anual de 2016 a 2020 foi mantida na faixa dos 3%.

Os custos de capital ainda devem ficar no patamar visto em 2016, segundo a empresa, na casa dos US$ 11 bilhões, enquanto a projeção em relação aos custos de exploração aponta para uma redução, ficando em US$ 1,3 bilhão — a estimativa anterior era de US$ 1,5 bilhão.

“Esperamos perfurar 30 poços de exploração em 2017”, disse Eldar Saetre, presidente da empresa, em comunicado.

ConocoPhilips

A petrolífera americana ConocoPhillips registrou um prejuízo líquido atribuível aos controladores de US$ 3,44 bilhões, um crescimento de cerca de três vezes em relação à perda líquida de US$ 1,07 bilhão apresentada no mesmo período de 2016.

A receita da empresa de junho a abril deste ano foi de US$ 8,88 bilhões, crescimento de 59,3% na comparação com igual intervalo no ano passado, segundo dados divulgados nesta quinta-feira em balanço.

O resultado da petrolífera foi afetado principalmente por baixas contábeis de US$ 6,3 bilhões no intervalo, ante US$ 62 milhões apresentadas um ano antes.

Com o grande crescimento dos encargos com baixas, os custos e despesas totais da ConocoPhillips acabaram subindo 83% no trimestre, também em base anual de comparação, para US$ 13,24 bilhões.

 

Fonte: Valor






   ICN
   Zmax Group
   Antaq
       

NN Logística

 

 

 

  Sinaval
  Syndarma
       
       

ECOBRASIL 2025 - RIO DE JANEIRO - RJ - INSCRIÇÕES ABERTAS - CLIQUE AQUI