Preços da indústria aumentam pelo quarto mês consecutivo, sob efeito do dólar forte

Imprimir

Os preços da indústria subiram pelo quarto mês consecutivo em novembro. O Índice de Preços ao Produtor (IPP) aumentou 1,16% em novembro ante o mês anterior. Essa é a maior alta desde janeiro de 2014, quando o indicador subiu 1,43%.

A alta do IPP foi mais difundida pela indústria de transformação em novembro do que em outubro e o dólar teve contribuição importante para o avanço do indicador. A avaliação é de Cristiano Santos, técnico da coordenação de indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ao todo, 20 das 23 atividades que integram o Índice de Preços ao Produtor tiveram alta nos preços em novembro, contra 17 em outubro. As maiores altas do IPP em novembro ante outubro foram observadas em fumo (2,9%), papel e celulose (2,33%) e outros equipamentos de transporte (2,26%).

"O dólar costuma impactar mais os preços de commodities, o que acaba replicando nesses setores. Os contratos do fumo e papel e celulose são fechados em dólar. No caso de outros equipamentos de transporte, o setor depende muito de metalurgia básica e outros insumos, como o carbono, cujos preços são determinados em dólar", disse o técnico do IBGE.

A moeda americana também teve impacto nos preços de refino de petróleo e produtos de álcool, segundo Santos. Os preços desse setor subiram 1,8% em novembro na comparação com o verificado no mês anterior.

O IBGE observou também alta nos preços de álcool etílico, da gasolina automotiva, do óleo diesel e de outros óleos combustíveis. "Houve uma influência do dólar sobre os preços de óleo", disse o técnico do IBGE. Em novembro, a Petrobras ainda aumentou a gasolina em 3% e o diesel em 5% nas refinarias. No mesmo mês, o IBGE verificou aumentos nos preços de gasolina automotiva, óleo diesel e outros óleos combustíveis.

O técnico do IBGE destacou ainda que o período de entressafra da cana-de-açúcar pressionou os preços do álcool em novembro. "Tem a questão da entressafra, mas o fato de o açúcar estar com preços mais interessantes [que o álcool] é sempre uma questão a ser considerada pelo produtor que tem essa opção", afirmou Santos.

Fonte: Valor






PUBLICIDADE




   ICN
   Zmax Group
   Antaq
       

NN Logística

 

 

Anuncie na Portos e Navios

 

  Sinaval
  Syndarma
       
       

ECOBRASIL 2025 - RIO DE JANEIRO - RJ - INSCRIÇÕES ABERTAS - CLIQUE AQUI