SÃO PAULO - A produção de aço bruto ao redor do mundo caiu 3,7% em setembro, quando relacionada com igual período de 2014, e ficou em 131 milhões de toneladas, segundo dados publicados nesta terça-feira pela Worldsteel Association. Perante agosto, o recuo foi de 1%.
Com a performance, o volume fabricado segue em queda durante o ano. No acumulado de janeiro a setembro, foram produzidas 1,21 bilhão de toneladas de aço bruto, patamar menor em 2,4% na comparação anual. É a primeira queda para esse período desde 2009, após a crise financeira.
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Na China, maior fabricante do mundo, o corte na produção foi de 3% frente a setembro de 2014, para 66,1 milhões de toneladas. Em relação ao mês imediatamente anterior, a queda foi de 1,2%, e no acumulado do ano o volume já é 2% menor, de 543 milhões de toneladas.
A produção chinesa respondeu no mês passado por 50,5% do total fabricado internacionalmente. Em agosto, o patamar era de 50,6%, e em setembro de 2014, de 50,1%. O gigante asiático é apontado como um dos principais fatores de acirramento da concorrência global e consequente derrubada dos preços.
A entidade, que segue informações dos 66 principais países da siderurgia mundial, informou também que nos Estados Unidos foi observada baixa de 8,5% na produção durante setembro, em comparação anual. As 6,7 milhões de toneladas fabricadas representaram recuo de 4,5% ante agosto, sendo que de janeiro a setembro há corte de 8,6%, para 60,6 milhões de toneladas.
De acordo com Worldsteel, em comparação anual a produção na Rússia ficou menor em 3,2% durante setembro, terminando em 5,5 milhões de toneladas. Na Ucrânia, contudo, houve crescimento de 14,1%, para 2,1 milhões de toneladas. Enquanto isso, a Índia registrou recuo de 1,4%, para 7,3 milhões de toneladas, e o Japão, queda de 7,3%, para 8,6 milhões de toneladas.
O Instituto Aço Brasil já havia informado os números do país ontem, mas nas contas da entidade mundial, a queda de 13% em comparação anual, para 2,5 milhões de toneladas produzidas, reduziu a representatividade brasileira de 2,1% para 1,9% de um mês para o outro.
A Worldsteel ainda informou que houve melhora no uso de capacidade instalada, que de agosto para setembro saltou de 68% para 69,3%. Em setembro do ano passado, o índice encontrava-se em 73,3%.
Fonte: Valor Econômico/Renato Rostás