No dia 22 de junho, os ministros da Opep se reúnem em Viena para decidir se devem manter as atuais restrições de produção até o final deste ano ou permitir que a oferta aumente, com os preços do petróleo recentemente mais firmes.
Uma queda nos preços do petróleo durante a semana passada sugere que o mercado está considerando um provável aumento nos níveis de produção.
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A Arábia Saudita e a Rússia, que não é um membro da Opep mas tem cooperado no programa de restrições, gostariam de injetar mais petróleo. Ambos os países têm capacidade de produção excedente e o aumento, mesmo a preços mais baixos, renderia retornos significativos. Alguns outros produtores do Golfo, incluindo os Emirados Árabes Unidos e o Kuwait, também poderiam acelerar a produção rapidamente.
Os sauditas estão sob pressão, notadamente de Donald Trump, para aumentar a produção e frear os preços do petróleo. O petróleo Brent subiu de US $ 46 o barril em junho de 2017 para US $ 73 o barril na última sexta-feira. E o West Texas Intermediate de US$ 45 no ano passado para US$ 64 no final da semana passada.
Estes preços mais recentes, no entanto, estão bem abaixo nos níveis recentes, onde o Brent rompeu brevemente US $ 80 e West Texas chegou perto de US $ 73.
Por outro lado, há membros da Opep que gostariam que o preço ficasse exatamente onde está, porque não têm capacidade de produção excedente e não receberiam nenhum benefício por aumento na produção. Esses países incluem Irã, Iraque e Venezuela.
Contra um cenário muito incerto do setor petrolífero, a própria análise da Opep sugere que o cartel pode ter que aumentar a produção para atender à crescente demanda por petróleo. Mas o relatório mensal mais recente da organização também aponta que as perspectivas de demanda por petróleo são cercadas por riscos, incluindo a desaceleração do crescimento econômico nas principais economias, a retirada de subsídios a combustíveis em vários mercados importantes e a mudança contínua de petróleo para gás natural e renováveis. O relatório também observou o potencial de crescimento da oferta de fontes, incluindo os EUA, Brasil e Canadá.
A reunião do dia 22 pode significar um ponto de inflexão para o mercado de grandes petroleiros. Hoje há excesso de oferta de VLCCs. Segundo as estatísticas da Clarkson Research, os ganhos médios dos VLCCs até agora este ano foram de pouco mais de US$ 5,6 mil por dia.
Apesar das vendas recordes de sucata no acumulado do ano, a frota de VLCCs é grande e há mais de 100 novas encomendas, representando cerca de 15% da capacidade da frota existente.
