A Fundação Renova, criada pela mineradora Samarco para tratar dos danos ambientais do desastre de Mariana (MG), anunciou nesta segunda-feira um plano para retirar cerca de 11 milhões de metros cúbicos de rejeito de minério de ferro depositados no leito e margens do rio Doce.
Para isso, poderão ser usadas técnicas de escavação, dragagem e retirada manual do material, que escorreu da barragem de Fundão. A barragem armazenava rejeitos da Samarco e se rompeu em novembro de 2015.
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A fundação diz que ainda não definiu onde será colocado o rejeito que está do rio, tampouco deu uma prazo para o início dos trabalhos nem o tempo de conclusão da retirada.
O plano será entregue ao Ibama e a órgãos ambientais de Minas Gerais e Espírito Santo no dia 20 e só então, durante o processo de aprovação, serão detalhadas mais ações. Uma das propostas já definidas pela Renova é a ‘divisão’ do rio em 14 trechos, segundo o grau de impacto causado pelo rompimento da barragem, para a realização da limpeza. O estudo identificou também oito tipos de deposição.
O rompimento de Fundão matou 19 pessoas e espalhou uma onda de rejeito que viajou de Mariana por rios que formam o Doce e pelo próprio Doce até a foz, no Espírito Santo.
Fonte: Valor