O Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo (Sindipetro-SP) promoverá nesta segunda-feira “atos de solidariedade” à paralisação dos caminhoneiros em duas refinarias da Petrobras no Estado. “É uma sinalização de apoio aos caminhoneiros e uma maneira de manter os nossos trabalhadores mobilizados”, afirma Gustavo Marsaioli, coordenador da região de Campinas do Sindipetro.
As refinarias em questão são a Recap, em Mauá, na Região Metropolitana de São Paulo, e a Replan, em Paulínia, no interior do Estado. De acordo com Marsaioli, a ideia é promover um corte de rendição, em que um grupo de trabalhadores não rende o outro após a jornada de 8 horas. Com uma jornada de 16 horas, os petroleiros são obrigados por normas internas a diminuir o ritmo de trabalho, mantendo apenas as atividades essenciais, o que causa prejuízos à companhia. Outra ideia é convencer os funcionários do setor administrativo a também aderir ao movimento.
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O Sindipetro cobra a revogação da política de reajuste da Petrobras, com paridade em relação aos preços internacionais do petróleo. Para o sindicato, mesmo a mudança implantada nesta semana, que torna esses reajustes mensais, é prejudicial para o país. A entidade também exige que as quatro refinarias que a Petrobras pretende privatizar permaneçam sob o controle da companhia.
Segundo Marsaioli, outros sindicatos espalhados pelo Brasil, ligados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) e à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), também estão discutindo neste fim de semana a possibilidade de aderir ao movimento.
Os petroleiros têm uma greve marcada para o próximo dia 12.
Fonte: Valor