Submersível autônomo é tendência em águas profundas

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Dois mil metros de lâmina d'água, 3 mil metros de sedimentos e mais uma camada de sal de até 2 mil metros de espessura. Essa trajetória mar abaixo leva ao pré-sal, reservatórios de petróleo gerados a partir de matéria orgânica acumulada há mais de 100 milhões de anos. Atingi-lo equivale a perfurar, com brocas, 12 morros do Pão de Açúcar empilhados, compara a Petrobras.

O Brasil conseguiu esse feito desenvolvendo tecnologias pioneiras que, hoje, são o estado da arte na exploração e produção de óleo e gás em águas profundas, entre 300 a 1.500 metros, e ultraprofundas, a partir de 1.500 metros. "No fim da década de 80, quando a Petrobras descobriu reservas nessas águas, as tecnologias existentes no mundo não passavam de 500 metros de lâmina d'água", diz Kazuo Nishimoto, professor da Escola Politécnica (Poli) da USP.


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Nishimoto compara o desafio de extrair petróleo de profundidades oceânicas ao envio de naves ao espaço sideral. "A pressão da água impede que o ser humano desça abaixo de 300 metros em contato direto com a água", diz, acrescentando que submersíveis tripulados já descem a profundidades consideráveis. "Mas, com o avanço nas tecnologias de transmissão de dados e sensores, a tendência é que submersíveis autônomos ou controlados remotamente operem em lâminas d'água cada vez maiores, onde há grande pressão e pouca visibilidade", diz.

Em parceria com a Petrobras, a Poli instalou, em 2002, o Tanque de Provas Numérico (TPN), um laboratório que usa grande poder computacional para simular situações de veículos marítimos e/ou navios/plataformas para múltiplas condições que possam enfrentar ao longo da vida operacional.

José Mauro de Morais, coordenador de estudos de energia do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), menciona a importância dos programas de capacitação tecnológica que a Petrobras implementou em três fases (Procap 1000, Procap 2000 e Procap 3000). O programa formou equipes, capacitou empresas para produção dos equipamentos e culminou em conjunto de inovações que rendeu à petroleira o prêmio Offshore Technology Conference (OTC), considerado o "Oscar" da área de petróleo e gás no mar.

"No âmbito dos Procaps, a Petrobras desenvolveu capacidade de instalar grandes equipamentos em grande profundidade, sem uso de mergulhadores", conta. Entre as inúmeras inovações, ele destaca tecnologias para instalação das chamadas árvores de natal molhadas (equipamentos com conectores e válvulas que controlam vazão e que ficam no solo submarino) e tubulações (risers) capazes de elevar à plataforma o petróleo extraído em até 3 mil metros de profundidade de lâmina d'água.

"Vale destacar que as inovações se espalham por vários setores da economia, uma vez que a Petrobras atua com grande rede de parceiros", diz.

Fonte: Valor






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