Suíça amplia investigações da Lava Jato

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O Ministério Público da Suíça transferiu para o Brasil mais um inquérito por lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobrás. Documentos obtidos pelo Estado identificam o brasileiro Paulo Cesar Chafic Haddad como suspeito por “lavagem de dinheiro agravado e corrupção de agentes públicos estrangeiros”.

Paulo Haddad foi funcionário da Noroil Empresa de Navegação, ligada a grupos noruegueses e que manteria negócios com a Petrobrás.


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Em 2007, a Noroil assinou um memorando com a Petrobrás para o uso de dois navios petroleiros a serem construídos no Brasil. Cada um deles teria a capacidade para transportar 300 mil toneladas. No total, o contrato somaria US$ 430 milhões.

Numa foto feita na época pela Petrobrás, Paulo Haddad aparece fechando um acordo ao lado do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa e do então governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que assinou como testemunha.

Procurado, o Ministério Público Federal no Paraná indicou que não poderia se pronunciar. “Os fatos mencionados seguem sob investigação. Desta forma, o MPF não se manifesta sobre o assunto.

Mas, ao Estado, o Ministério Público em Berna confirmou que “procedimentos criminais foram abertos em relação à suspeita de lavagem de dinheiro e corrupção de funcionários públicos estrangeiros”. O Escritório da Procuradoria-Geral (da Suíça) pediu que as autoridades brasileiras, no final de 2017, assumissem o caso, “em particular por conta do fato de o suspeito ser um cidadão brasileiro morando no Brasil e sua extradição para a Suíça não ser permitida pela lei brasileira”.

“Em junho de 2018, as autoridades brasileiras confirmaram que iriam assumir o processo”, afirmou o Ministério Público suíço. Agora, o caso é encerrado em Berna e as contas, extratos e documentos passaram para as mãos de procuradores brasileiros. “Esses processos criminais estão sendo conduzidos como parte do caso Petrobrás-Odebrecht”, completou o MP em Berna.

A reportagem do Estado não conseguiu localizar Paulo Haddad, enquanto nos telefones registrados como sendo da Noroil a informação é de que a empresa já não estaria em operação.

Para pessoas próximas ao processo, o caso demonstra que os suíços não deram por terminado os inquéritos relativas à Operação Lava Jato. Em Berna, as investigações de corrupção no Brasil completaram quatro anos em setembro, acumulando mais de mil contas bloqueadas e ativos de mais de US$ 1,1 bilhão. Mas, desse total, apenas cerca de 25% dos recursos foram devolvidos e, na maioria das vezes, em acordos de delação. No restante, os suspeitos com dinheiro na Suíça precisam primeiro ser condenados em última instância para que, depois, haja um acordo para a devolução dos recursos.

Mais de 60 processos criminais haviam sido iniciados na Suíça. Alguns deles, como no caso do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB-RJ), acabaram sendo transferidos para o Brasil.

Fonte: Estadão






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