Taxa de investimento cai para 15,6%, a menor desde 1996

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A taxa de investimento recuou, em 2017, ao mais baixo patamar desde 1996, início da série histórica do IBGE, informou o instituto nesta quinta-feira (1º).

A proporção dos investimentos no PIB (Produto Interno Bruto) foi de 15,6%. Em 2016, a taxa havia sido a de 2016 (16,1%).


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Os dados foram divulgados nesta quinta (1º) pelo IBGE, como parte do PIB, que fechou o ano em alta de 1%.

A queda no investimento é resultado do tombo na construção civil, que caiu 5% em 2017. Foi o quarto ano seguido de queda do setor.

"Uma parte importante da construção é pública e o investimento é uma das primeiras coisas que o governo corta", disse a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis. "Construção é coisa cara, tem a ver com infraestrutura, então é normal que demore um pouco mais para recuperar."

No acumulado do ano, os investimentos fecharam em queda de 1,8%. A queda da construção foi compensada parcialmente por aumento na demanda por máquinas e equipamentos. 

No quarto trimestre, o investimento cresceu 2% frente ao trimestre imediatamente anterior. Foi o segundo trimestre seguido de alta do indicador, que não apresentava resultado positivo. Neste período, a queda acumulada chegou a 30%.

A retomada tem sido impulsionada pelo crescimento da produção interna, que cresceu 3% no ano. 

De acordo com a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), porém, a recuperação ainda é restrita a investimentos em manutenção e modernização do parque industrial, que permanece com elevados índices de ociosidade.

"Mesmo com ociosidade, o empresário percebe que precisa investir para ganhar competitividade", comentou o presidente da entidade, José Velloso.

Ele espera que as vendas do setor cresçam pelo menos 5% em 2017, mas não vê ainda retomada forte dos investimentos no país.

"Com teto de gastos, o governo não pode investir. E as grandes empresas, que têm contribuição com o investimento, estão muito endividadas e desinvestindo", comenta Velloso.

A taxa de poupança ficou em 14,8%, acima da do ano passado (13,9%), com efeitos da liberação das contas inativas do FGTS. "Parte das pessoas foi gastar, o que influenciou o consumo das famílias, mas parte decidiu poupar", disse Palis.

A economia brasileira cresceu 1% no ano passado, informou nesta quinta-feira (1º) o IBGE. Em 2017, o PIB (Produto Interno Bruto) totalizou R$ 6,559 trilhões  Entre as atividades, a agropecuária teve o maior crescimento no ano, 13,0%, principalmente devido à agricultura  O destaque foi para a expansão nas produções nacionais de milho (55,2%) e soja (19,4%)  Os serviços, que detêm o maior peso na composição do PIB, tiveram variação positiva de 0,3%, influenciados pelo crescimento  do comércio (1,8%)  Os serviços também foram influenciados pelas atividades imobiliárias (1,1%)  A Indústria em geral permaneceu estável na passagem de 2016 para 2017  Um dos destaques positivos da indústria foi a extrativista (+4,3%)  A construção registrou a maior queda anual (-5%)  Do lado da produção, a indústria voltou a registrar números positivos, pelo segundo trimestre seguido  A taxa de investimento recuou, em 2017, ao mais baixo patamar desde 1996, início da série histórica do IBGE  A despesa de consumo das famílias cresceu 1,0% em relação ao ano anterior (quando havia caído 4,3%), o que pode ser explicado pelo comportamento dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda no ano de 2017  A despesa do consumo do governo caiu 0,6%  No setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 5,2%, enquanto as importações de bens e serviços avançaram 5,0%

A economia brasileira cresceu 1% no ano passado, informou nesta quinta-feira (1º) o IBGE. Em 2017, o PIB (Produto Interno Bruto) totalizou R$ 6,559 trilhões

A indústria registrou alta de 0,5% no trimestre e fechou o ano com estabilidade em relação ao ano anterior. Desde 2013, a indústria vem registrando quedas. 

A indústria de transformação fechou o trimestre com crescimento de 1,5%, acumulando alta de 1,7% no ano, a primeira depois de três anos de queda. O resultado foi impactado pelas indústrias automobilística e de máquinas e equipamentos. 

A indústria extrativa, que reúne as indústrias do petróleo e da mineração, recuou 1,2% no quarto trimestre, mas fechou o ano em alta de 4,3%, beneficiada pela alta dos preços das commodities.

"A extrativa foi um destaque positivo, puxada tanto pelo crescimento do setor de petróleo quanto pelo do minério de ferro", afirmou Palis.

Fonte: Folha SP






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