Trump assina medida que alivia cotas de importação de aço do Brasil e outros países

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou declarações que permitem o alívio das cotas de importação de aço e alumínio de alguns países, inclusive o Brasil, informou o Departamento de Comércio dos EUA na quarta-feira (29) a noite.

Trump, que impôs tarifas sobre as importações de aço e alumínio em março, assinou declarações que permitem o alívio das cotas de aço da Coreia do Sul, Brasil e Argentina e do alumínio da Argentina, informou o departamento em comunicado.


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Em janeiro de 2018, o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de tarifas comerciais contra painéis solares e máquinas de lavar, importados especialmente da China, num movimento que marca o endurecimento das relações comerciais dos Estados Unidos com o país asiático -  Em março, o presidente Trump afirmou que seu governo iria impor tarifas de importação para aço e alumínio de 25% e 10%, respectivamente. A ação afetou não apenas a China, como a União Europeia e também o Brasil -  O objetivo da medida é proteger a indústria americana da concorrência internacional, uma das principais promessas de campanha de Trump -

O diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), Roberto Azevedo, expressou preocupação com o plano do presidente americano.   O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse que os chineses responderiam conforme o necessário no caso de uma guerra comercial com os Estados Unidos, ao mesmo tempo em que alertou que tal guerra só prejudicaria todos os lados -

O então ministro da Fazenda do Brasil, Henrique Meirelles, criticou a decisão do governo americano de impor tarifas sobre o aço e o alumínio importados, dizendo que o protecionismo é negativo e prejudicaria inclusive a indústria americana. ?É negativo para todos os envolvidos e nós somos contra isso.  A União Europeia montou um esforço para impedir que o presidente dos EUA imposse as tarifas, prometendo uma resposta firme e alertando quanto aos grandes danos que poderiam ser causados por uma guerra comercial transatlântica -  Em resposta à tarifa da Casa Branca quanto ao aço, a União Europeia vai adotar medidas punitivas contra US$ 3,5 bilhões em produtos norte-americanos, entre os quais motocicletas Harley-Davidson, jeans Levi Strauss e bourbon -  Em uma tréplica, o presidente americano ameaçou as montadoras europeias com uma tarifa sobre importações se a União Europeia retaliar contra seu plano de adotar tarifas sobre alumínio e aço -  Além disso, após anunciar as medidas, o presidente americano Donald Trump afirmou no começo de março que só reconsideraria retirar a sobretaxa dos produtos do Canadá e do México diante de um novo acordo comercial entre as Américas, o Nafta -

Dias depois de anunciar as tarifas, dando um pontapé a guerra comercial global, o governo dos EUA preparou novas barreiras ?mais uma vez contra a China -  O objetivo é mirar em um suposto roubo de propriedade intelectual americana, com medidas que incluiriam, além de tarifas, a redução de vistos a pesquisadores chineses, restrições a investimentos do país asiático nos EUA e ações na OMC, segundo o ?The New York Times? -  Na ação mais significativa de seu governo contra o poderio econômico da China, o presidente Trump decidiu, então, impor tarifas sobre US$ 60 bilhões em produtos chineses. O montante correspondia a cerca de 10% das exportações chinesas para os EUA -

Em março, o presidente Trump afirmou que seu governo iria impor tarifas de importação para aço e alumínio de 25% e 10%, respectivamente. A ação afetou não apenas a China, como a União 

"As empresas podem solicitar exclusões de produtos com base na quantidade insuficiente ou na qualidade disponível dos produtores de aço ou alumínio dos EUA", disse o comunicado.

"Nesses casos, uma exclusão da cota pode ser concedida e nenhuma tarifa seria devida."

Trump, citando preocupações com a segurança nacional, colocou tarifas de 25% nas importações de aço e 10% nas importações de alumínio.

As tarifas sobre as importações de aço e alumínio da União Europeia, Canadá e México entraram em vigor em 1º de junho, e o secretário do Comércio Wilbur Ross disse em 31 de maio que foram feitos acordos com alguns países para estabelecer limites não-tarifários para as exportações dos dois metais para os Estados Unidos.

O governo brasileiro disse à época que as cotas e tarifas dos EUA sobre as exportações brasileiras de aço e alumínio eram injustificadas, mas que permanecia aberto para negociar uma solução.

As exportações brasileiras de aço semi-acabado para os Estados Unidos estão sujeitas a cotas com base na média dos três anos de 2015 a 2017, enquanto os produtos de aço acabado serão limitados a uma cota de 70% da média dos três anos.

Fonte: Folha SP






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