Usiminas espera vender mais e reduzir dívida em 2018

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A Usiminas acredita que conseguirá vender mais aço em 2018, na comparação com o ano passado, acompanhando a evolução do mercado siderúrgico brasileiro. Ao mesmo tempo, já ocorreu uma amortização em janeiro e haverá outra em março, o que deve reduzir a dívida. Há espaço, portanto, para melhorar métricas de crédito, diz o presidente da empresa mineira, Sérgio Leite, em entrevista ao Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.

O executivo não quis dar uma projeção de alavancagem daqui para frente, mas admitiu que o cenário, de fato, tende mais para o alívio do que para uma pressão. A relação entre endividamento líquido e Ebitda fechou 2017 em 2 vezes, consolidando um movimento de saneamento das finanças que se iniciou na época da reestruturação das dívidas, em 2016.


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Para efeito comparativo, o índice de alavancagem estava próximo de 7 vezes em dezembro de 2016, se considerado o Ebitda ajustado, muito por conta do resultado ainda tímido da siderúrgica. Como houve um momento há dois anos que o Ebitda estava negativo em 12 meses, chegou a ser impossível de calcular a alavancagem.

“A melhora foi brutal”, declarou Leite. “Não sei se a alavancagem cai em 2018, mas o que esperamos é aumento do preço médio do aço e de volumes, com redução do endividamento.”

Em janeiro, a empresa amortizou US$ 180 milhões de bônus internacionais e agora em março espera pagar mais US$ 100 milhões — cerca de R$ 320 milhões —, um caixa excedente que embolsou no quarto trimestre, proporcionalmente a seus credores. Esse foi um dos pontos do acordo de 2016, que se o dinheiro gerado ficasse acima de uma certa meta, não divulgada, seria usado para pagar dívida.

Leite também ressalta que espera uma proporção semelhante à de 2017 no destino das vendas de aço da Usiminas durante o ano. Foram 85% dos volumes vendidos no mercado interno e mais 15% de exportações. A grande maioria do que é enviado ao exterior sai da unidade de Cubatão (SP), ressalta.

O executivo ainda reforçou declaração dada na teleconferência de analistas, de que a Usiminas poderia investir em uma nova linha de galvanização e até já existem estudos preliminares sobre isso, mas que tem capacidade para atender muito mais do mercado do que hoje. “Originalmente, a nossa área de galvanização [duas linhas de zincados a quente e mais uma de eletrogalvanização] foi pensada para atender ao mercado automotivo, mas acabamos vendendo para outros setores e até exportando”, conta. “Temos poder de atender a um crescimento de até 60% da demanda automotiva se nos concentrarmos no fornecimento a esse setor e as margens costumam ser melhores porque é um aço com alto valor agregado, de tecnologia de ponta.”

Sobre o acordo firmado entre Nippon Steel & Sumitomo Metal e Ternium-Techint, encerrando uma disputa societária cuja origem data de quase cinco anos atrás, o presidente da Usiminas classifica o desfecho como “ótimo”. Ele afirma que esse é um dos três principais motivos de “felicidade” na siderúrgica ultimamente, junto com os resultados do ano passado e as perspectivas para 2018.

Fonte: Valor






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