A Venezuela fechou um acordo de US$ 1,4 bilhão para manter o controle da Citgo Petroleum, na mais recente tentativa para impedir que suas refinarias nos Estados Unidos caiam nas mãos dos credores.
O acordo se refere a ações judiciais contra a estatal Petroleos de Venezuela S.A. (PDVSA) que buscam tomar o controle da Citgo, subsidiária de refino localizada nos Estados Unidos e uma fonte crítica de receitas em dólar para o país sul-americano.
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Pelo acordo, o governo do presidente Nicolás Maduro pagaria um dos credores da Citgo, a Crystallex International, uma extinta mineradora canadense que tenta cobrar na justiça US$ 1,4 bilhão.
Um tribunal dos Estados Unidos autorizou a apreensão de bens da PDVSA para compensar a Crystallex pela dívida. Sob o acordo, a Crystallex concordou em suspender um leilão planejado de ações da estatal petrolífera da Venezuela.
O presidente da Crystallex, Robert Fung, disse neste domingo que a Venezuela já pagou US$ 500 milhões em dinheiro e títulos. O país está obrigado a depositar garantias até 10 de janeiro de 2019 para assegurar o restante do que deve, disse Fung. Se a garantia não for depositada, a Crystallex poderá retomar o processo de leilão.
A Venezuela concordou em pagar o restante da dívida até o início de 2021 em parcelas, de acordo com documentos judiciais arquivados no processo de falência canadense da Crystallex.
Muitos outros credores cercam a Citgo, mas a Crystallex foi a primeira a convencer um juiz dos Estados Unidos a autorizar um processo de arresto.
A Venezuela não pagou dezenas de bilhões de dólares em títulos, mas tem feito questão de proteger a Citgo, o ativo mais valioso do governo localizado fora das fronteiras da Venezuela. No mês passado, a PDVSA fez um pagamento de quase US $ 1 bilhão a credores com direitos a garantias sobre a Citgo, os únicos títulos em que a Venezuela permaneceu adimplente durante a atual crise.
Fonte: Valor